'Ficamos surpresos com essa ação de hoje', diz defesa de Flordelis
O advogado Anderson Rollemberg que defende a deputada Flordelis (PSD-RJ) afirmou hoje em nota que ficou "surpreso" com a operação do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) e da Polícia Civil que prendeu sete pessoas na manhã de hoje.
A deputada e outras dez pessoas, incluindo cinco filhos e uma neta, foram denunciados pelo MP-RJ pela participação na morte de Anderson do Carmo, marido da pastora e deputada em junho do ano passado.
Atualmente, Flordelis é a única denunciada que não está presa por conta do foro privilegiado. Outros dois filhos de Flordelis estavam presos desde o ano passado.
"Preciso ainda apurar o que consideraram como provas e o que permitiu o indiciamento e as prisões. Preciso ainda ter acesso a essas informações, mas digo que ficamos surpresos com essa ação hoje" afirmou Rollemberg, em nota.
Flordelis foi indiciada pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio, uso de documento falso, falsidade ideológica e organização criminal majorada.
Mais tarde, o advogado Maurício Mayr, que também defende a deputada, enfatizou que ela foi ouvida na condição de testemunha e que a defesa só teve acesso ao processo no dia de hoje e estudará os documentos.
"A deputada desde o início desse segundo inquérito foi tratada como testemunha, vindo a ser indiciada agora no final e denunciada. Tivemos acesso hoje ao processo, vamos fazer análise e estudo do caso. Ela figurava como testemunha na ocasião e não atrapalhou as investigações. Todos foram encontrados, as pessoas que tiveram a prisão em seu desfavor. O passaporte dela vai ser entregue pelos advogados conforme determinação da 3ª Vara Criminal. A juíza da Vara acertadamente falou da desnecessidade de prisão preventiva da deputada, apesar de ter a imunidade parlamentar, ela entendeu ser desnecessário prendê-la neste momento até por causa do lapso temporal que se passou desde o fato até o presente momento. Vamos estudar o processo, vamos fazer os pedidos pertinentes em favor dela, pois acreditamos na inocência dela."
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