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PSD vai suspender filiação e adotará medidas para expulsar Flordelis

Pastor Anderson do Carmo de Souza e a deputada federal Flordelis (PSD-RJ); parlamentar foi indiciada como mentora e mandante da morte do marido, em junho de 2019 - Reprodução/Facebook
Pastor Anderson do Carmo de Souza e a deputada federal Flordelis (PSD-RJ); parlamentar foi indiciada como mentora e mandante da morte do marido, em junho de 2019 Imagem: Reprodução/Facebook

Do UOL, em São Paulo

24/08/2020 11h15Atualizada em 24/08/2020 19h50

O PSD informou que vai suspender a filiação da deputada federal Flordelis e adotará as medidas necessárias para expulsar a parlamentar do partido após ela ser denunciada sob acusação de ser mentora e mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, em junho do ano passado. A denúncia foi feita hoje pelo MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro), após a conclusão das investigações.

"O PSD esclarece que desde o início acompanhou o caso da deputada Flordelis e sempre defendeu o andamento e aprofundamentos das investigações. Diante do indiciamento da parlamentar, o corpo jurídico do partido adotará as medidas para a suspensão imediata de sua filiação e, a partir dos desdobramentos perante a Justiça, serão adotadas as medidas estatutárias para a expulsão da parlamentar dos seus quadros", disse o partido em nota assinada pelo presidente, Gilberto Kassab.

Em operação realizada hoje, MP-RJ e a Polícia Civil prenderam sete pessoas envolvidas no crime. Cinco filhos e uma neta da deputada foram presos. O mandado de prisão contra a deputada federal não foi cumprido já que ela possui foro especial.

Flordelis foi acusada de homicídio triplamente qualificado, homicídio tentado, associação criminosa, uso de documento ideologicamente falso e falsidade ideológica.

O advogado Maurício Mayr, que defende a deputada, disse que ela foi ouvida na condição de testemunha e que a defesa só teve acesso ao processo no dia de hoje e estudará os documentos.

"A deputada desde o início desse segundo inquérito foi tratada como testemunha, vindo a ser indiciada agora no final e denunciada. Tivemos acesso hoje ao processo, vamos fazer análise e estudo do caso. Ela figurava como testemunha na ocasião e não atrapalhou as investigações. Todos foram encontrados, as pessoas que tiveram a prisão em seu desfavor. O passaporte dela vai ser entregue pelos advogados conforme determinação da 3ª Vara Criminal. A juíza da Vara acertadamente falou da desnecessidade de prisão preventiva da deputada, apesar de ter a imunidade parlamentar, ela entendeu ser desnecessário prendê-la neste momento até por causa do lapso temporal que se passou desde o fato até o presente momento. Vamos estudar o processo, vamos fazer os pedidos pertinentes em favor dela, pois acreditamos na inocência dela."