Crítico de Lula, Witzel fala em 'Moro parcial' e cita mudanças de sentenças
Afastado do cargo de governador do Rio de Janeiro hoje, Wilson Witzel (PSC) afirmou que o ex-ministro da Justiça Sergio Moro foi parcial em operações da Lava Jato e lembrou o afastamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) das eleições presidenciais de 2018 para avaliar que a democracia está ameaçada.
Nesta semana, o STF (Supremo Tribunal Federal) apontou parcialidade de Moro e anulou uma sentença do caso Banestado. A atuação do ex-juiz federal foi considerada parcial pelos ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski, que já sinalizaram que podem votar dessa forma em um pedido de suspeição do ex-juiz proposto pela defesa de Lula.
Em pronunciamento, Witzel se disse "extremamente preocupado" com o caminho que o Brasil está seguindo.
"Eu não sou a favor de Lula, nem contra Lula, mas o Supremo Tribunal Federal está chegando à conclusão de que infelizmente o ex-ministro Sergio Moro foi parcial. E com essa decisão, o ministro [Edson] Fachin foi muito claro, evitou-se que o ex-presidente Lula disputasse a Presidência da República", avaliou o governador.
Witzel criticou o uso da delação de Edmar Santos, que foi secretário de Saúde de sua gestão, e relembrou o caso de outro ex-presidente: Michel Temer, que foi absolvido pelo TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região) por obstrução de Justiça no caso da gravação feita pelo empresário Joesley Batista.absolvido pelo TRF-1
"A delação desse canalha do Edmar é uma delação mentirosa. Foi pego com a boca na botija e o processo penal brasileiro está se transformando num circo. O processo contra o ex-presidente Temer...(ele) recentemente no TRF foi absolvido. O processo penal brasileiro está se transformando num circo e essas delações mentirosas estão sendo produzidas e usadas politicamente", disse.
Em seguida, Witzel lamentou o atual momento brasileiro no que considerou interferência de outros poderes em eleições. "Eu estou extremamente preocupado com os caminhos pelos quais o nosso país esta seguindo. Eu já falei várias vezes como morrem as democracias, morrem assim, aniquilando os adversários com uso da máquina pública e cooptando as instituições", completou.
Determinada pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), a decisão do afastamento de Witzel, feita pelo ministro Benedito Gonçalves, tem validade inicial de 180 dias. O afastamento imediato acontece por causa de suspeitas de fraude em compras na área da saúde durante a pandemia do coronavírus.
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