Presidente do Conselho de Ética diz que caso Flordelis é gravíssimo
O presidente do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, Juscelino Filho (DEM-MA), disse hoje que o caso da deputada federal Flordelis (PSD-RJ), acusada de ter mandado assassinar o marido, é gravíssimo e merecerá rápida apreciação caso uma representação pela sua cassação chegue ao conselho.
Em entrevista à CNN Brasil, Juscelino explicou que, até o momento, a única representação apresentada contra Flordelis está a cargo da corregedoria, que poderá encaminhar para o Conselho de Ética após apreciação. Se isso acontecer, ele promete celeridade no processo.
"Se chegar formalmente ao conselho, teremos todo interesse em dar celeridade porque entendemos a gravidade e o impacto que teve na sociedade", disse, explicando detalhes do trâmite. "Tudo que é avaliado pelo Conselho de Ética, na sequência ainda vai a voto em plenário".
Flordelis foi denunciada, na semana passada, pelo Ministério Público do Rio de Janeiro sob a acusação de ser a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, em 2019. O pedido de prisão feito pelo MP não foi aceito porque a parlamentar tem imunidade parlamentar.
Ela é acusada de homicídio triplamente qualificado, homicídio tentado, associação criminosa, uso de documento ideologicamente falso e falsidade ideológica.
Juscelino Filho explicou ainda que o trâmite do processo de cassação pode ser encurtado caso o Poder Judiciário acione diretamente a Câmara dos Deputados. "Quando isso acontece, quem faz a avaliação é CCJ, que não está funcionando por causa da pandemia, então seria diretamente o plenário", disse
"Momento de excepcionalidades, e estamos diante de um caso gravíssimo, no qual a imunidade parlamentar processual tem entendido que a justiça tome medidas mais duras neste caso da deputada. O mandato tem influenciado neste ponto, e essa avaliação de levar direto ao plenário, se for aprovado pela Justiça, vai ser avaliada", disse.
Na última semana, Flordelis pediu a colegas deputados que "pelo amor de Deus" não cassem seu mandato. Ela enviou uma mensagem a grupos de WhatsApp de parlamentares e se disse inocente da acusação de ter mandado assassinar o marido.
"Querem caçar [sic] meu mandato venho aqui pedir a vocês pelo amor de Deus não deixem que façam isso comigo eu juro que vou conseguir provar a minha inocência e que vocês não se arrependerão de me ajudarem", escreveu no grupo da bancada feminina da Câmara.
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