Haddad diz que Bolsonaro 'se apropria' de marcas sociais do governo Lula
Candidato à presidência da República em 2018, Fernando Haddad (PT) afirmou ontem que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tenta "se apropriar" de programas de assistência associados ao governo Lula (2003-2010). O petista apontou que as novas pautas associais do governo Bolsonaro visam a reeleição em 2022.
"Bolsonaro está tentando se apropriar das marcas do PT, só isso que ele está fazendo. Ele vai tentar se apropriar até 2022, porque não tem projeto", declarou Haddad em entrevista ao portal Yahoo!.
O petista mencionou a criação do Renda Brasil, programa que deve substituir o atual Bolsa Família, e também declarou que o auxílio emergencial de R$ 600, aprovado durante a pandemia do novo coronavírus, pode ter impulsionado a popularidade de Bolsonaro — a última pesquisa do Datafolha, publicada em agosto, aponta a maior aprovação do governo desde o início do mandato.
As pessoas não têm dimensão do que é o auxílio emergencial. Ele equivale por mês o que o Bolsa Família vale por ano. É óbvio que isso teve um impacto"
Fernando Haddad
"O auxílio que o Congresso aprovou, também contrariando a equipe econômica de Bolsonaro, teve um impacto muito importante", disse Haddad.
O pacote de medidas assistenciais, novo norte do governo Bolsonaro, usa como base programas que nasceram durante o período em que o PT governou o país.
O blog do UOL, Entendendo Bolsonaro, afirmou que o aumento da popularidade do presidente tem relação direta com a maior atenção dada aos programas sociais. Já o colunista Josias de Souza, além de mencionar os programas rebatizados, destacou o aumento de inaugurações de obras que corriam desde os mandatos petistas. Os eventos ocorrem com a presença de Bolsonaro.
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