TRE-RJ julga amanhã pedidos para tornar Crivella inelegível
O TRE-RJ (Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro) deve julgar, amanhã à tarde, pedidos para que o prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos), seja considerado inelegível. Os dois pedidos, um do PSOL e outro da PRE-RJ (Procuradoria Regional Eleitoral do RJ) o acusam de abuso de poder e conduta vedada (ou seja, quando se usa da estrutura enquanto prefeito para benefícios eleitorais).
Segundo a pauta do TRE-RJ, o julgamento está marcado para iniciar às 15h por meio de videoconferência.
As ações se referem a dois eventos promovidos pelo prefeito em 2018: uma reunião chamada "Café da comunhão", ocorrida em julho no Palácio da Cidade, e um encontro dele com equipes da Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana) na escola de samba Estácio de Sá, em setembro.
O "Café da comunhão", que consta tanto no pedido do PSOL quanto no da PRE-RJ, foi descrito pela procuradora eleitoral Silvia Batini como "encontro para alimentar base eleitoreira composta de líderes religiosos, notoriamente alinhados com o prefeito, a quem ele oferecia facilidades na administração pública em nome de uma pretensa predestinação divina". Ainda, o evento foi apontado como oportunidade para lança a pré-candidatura de Rubens Teixeira (hoje suplente na Câmara) a deputado federal.
Já o evento da Comlurb, apenas na ação do PSOL, também foi apontoado como oportunidade para promover outras candidaturas: a de Marcelo Hodge Crivella (filho do prefeito) a deputado federal, e Raphael Leandro e Alessandro Costa para deputados estaduais.
As penas podem envolver inelegibilidade por oito anos (no caso de Crivella e Teixeira) e multas.
Na última semana, Crivella se livrou do quinto pedido de abertura de processo de impeachment. Ele busca, neste ano, a reeleição para a Prefeitura do Rio.
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