F. Bolsonaro não foi à acareação por compromissos no Amazonas, diz defesa
O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) não compareceu à acareação com o empresário Paulo Marinho marcada para hoje na sede do MPF (Ministério Público Federal), no centro do Rio de Janeiro, devido a compromissos no Amazonas, segundo informou em nota a defesa do parlamentar.
De acordo com a defesa de Flávio, a possibilidade de que ele estivesse no Amazonas hoje foi levantada "há cerca de um mês, por escrito, diretamente ao MPF, que não quis alterar a data apesar de expressa disposição legal". Na última semana, a ausência do senador já havia sido anunciada.
Os defensores de Flávio têm sustentado a posição de que ele teria a prerrogativa de marcar horário e local em eventual acareação com Paulo Marinho. Os advogados informaram ter entrado com uma nova petição sugerindo que a acareação seja realizada em 5 de outubro deste ano.
A procuradoria vai apurar se Flávio cometeu crime de desobediência por faltar à acareação. A defesa do senador rebateu a medida.
"Quanto à tese de crime de desobediência insinuada pela Procuradoria, é lamentável sob vários aspectos. Nem o Procurador da República poderia dar ordem ao Senador e nem essa 'ordem' seria legal, pelo que constituiria uma impropriedade técnica com poucos precedentes na história do Judiciário Fluminense", afirma ainda a nota.
Questionada pelo UOL, a assessoria de Flávio disse não ter a lista dos compromissos dos quais o senador participou hoje no Amazonas, mas que o senador está em agenda no estado desde a semana passada.
No Facebook, Flávio publicou um vídeo exaltando o potencial turístico da Amazônia e dizendo ter visitado a Amazônia próximo a Manaus. Ele afirmou que não havia "girafas, elefantes, nem queimadas", em referência a vídeos no exterior que mostraram incêndios na floresta com animais que não pertencem à região.
Confira a nota na íntegra:
A defesa do Senador Bolsonaro esclarece que a sua ausência no ato de hoje se deveu a compromissos da sua agenda oficial, que o fizeram estar no Amazonas nesta data. Essa possibilidade foi levantada há cerca de um mês, por escrito, diretamente ao MPF, que não quis alterar a data apesar de expressa disposição legal. Hoje a defesa ingressou com nova petição, sugerindo a data de 05/10/2020 para a realização do ato. Quanto à tese de crime de desobediência insinuada pela Procuradoria, é lamentável sob vários aspectos. Nem o Procurador da República poderia dar ordem ao Senador e nem essa "ordem" seria legal, pelo que constituiria uma impropriedade técnica com poucos precedentes na história do Judiciário Fluminense.
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