Witzel recorre de decisão que negou pedido para reassumir como governador
O governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), recorreu de uma decisão que negou sua volta ao comando do governo estadual. Os seus advogados pedem que o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin reconsidere a decisão que havia dado ou que a questão seja analisada pelo colegiado da corte.
O pedido foi apresentado no processo na última quinta-feira (1). Witzel está afastado do cargo por decisão judicial desde 28 de agosto e sem apoio político enfrenta processo de impeachment junto à Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro).
Os advogados argumentam que Witzel não teve direito ao "contraditório". Segundo a defesa, o ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Benedito Gonçalves determinou, em 21 de maio, que a Polícia Federal realizasse uma oitiva (para ouvir parte ou testemunha do processo) que não aconteceu. O pedido do STJ se deu após a operação de busca e apreensão contra o governador.
"O governador, portanto, jamais foi ouvido, muito embora esta tenha sido providência determinada pelo Ministro Benedito Gonçalves há 04 (quatro) meses (lembrando que o depoimento é, sobretudo, um ato de defesa)", argumentaram os advogados de Witzel.
O STJ afastou Witzel do cargo por suspeita de participar do esquema de corrupção. Em pronunciamento já feito como governador afastado, Witzel reiterou a sua inocência e afirmou que o afastamento era político.
Nesta semana, o UOL revelou que a quantidade de dinheiro vivo que, segundo o empresário Edson Torres, foi entregue ao governador afastado do Rio, pouco antes do início da campanha eleitoral de 2018 coincide com pagamentos que escritórios de advocacia fizeram ao político e à primeira-dama naquele ano, de acordo com registros da Receita Federal.
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