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DEM diz que punirá Chico Rodrigues se algum crime for comprovado

Ontem, a Polícia Federal encontrou dinheiro na cueca de Chico Rodrigues (DEM-RR), vice-líder do governo no Senado - Dida Sampaio/Estadão Conteúdo
Ontem, a Polícia Federal encontrou dinheiro na cueca de Chico Rodrigues (DEM-RR), vice-líder do governo no Senado Imagem: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

15/10/2020 11h16Atualizada em 15/10/2020 13h17

O Democratas, partido de Chico Rodrigues (RR), disse que determinou que o departamento jurídico da sigla "acompanhe de perto todos os desdobramentos do inquérito" que culminou na operação da PF (Polícia Federal) que encontrou dinheiro na cueca do senador roraimense ontem. O caso levou Rodrigues a ser exonerado do cargo de vice-líder do governo no início da tarde.

"Estamos atentos a todos os detalhes da investigação e, havendo a comprovação da prática de atos ilícitos pelo parlamentar, a Executiva Nacional aplicará as sanções disciplinares previstas no estatuto do partido", disse o Democratas por meio de nota.

A investigação contra o senador, que foi alvo de um mandado de busca e apreensão ontem, apura possíveis desvios de dinheiro público destinado ao combate à covid-19 na Secretaria de Saúde de Roraima.

Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, Chico Rodrigues escondeu cerca de R$ 30 mil dentro da cueca durante a abordagem da PF. No total, quase R$ 100 mil foram encontrados na casa do senador.

Hoje, mais cedo, o líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO), disse esperar que Chico se afaste do posto de vice-líder do governo de Jair Bolsonaro (sem partido).

Para seguidores na porta do Palácio da Alvorada, Bolsonaro disse "não ter nada a ver" com o caso do senador pego com dinheiro na cueca. Já Hamilton Mourão (PRTB), vice-presidente, afirmou que Rodrigues é apenas uma "linha auxiliar do governo", e não um quadro efetivo do Planalto.

Em vídeo antigo, Bolsonaro diz ter "união estável" com senador do dinheiro na cueca. Confira:

O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.