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Salles diz que pediu desculpas a Ramos: 'Colocamos um ponto final nisso'

Salles (d) disse ter se desculpado com o general Ramos e afirmou que eles estão juntos pelo governo do presidente Bolsonaro - Reprodução/Twitter
Salles (d) disse ter se desculpado com o general Ramos e afirmou que eles estão juntos pelo governo do presidente Bolsonaro Imagem: Reprodução/Twitter

Do UOL, em São Paulo

25/10/2020 13h30Atualizada em 26/10/2020 15h16

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou hoje no Twitter que pediu desculpas ao ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Ramos.

O pedido de desculpas de Salles encerra mais uma disputa dentro do governo de Jair Bolsonaro (sem partido).

No meio da semana, também pelas redes sociais, Salles chamou Ramos de "Maria Fofoca". O post causou um mal-estar generalizado no governo, envolvendo também membros do Congresso, como os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e governadores que saíram em defesa de Ramos.

Salles, por sua vez, foi defendido pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

Pouco depois, Ramos indicou, também nas redes sociais, ter aceito as desculpas de Salles.

Pela manhã, durante um passeio com o presidente Bolsonaro, o ministro já tinha colocado panos quentes na discussão. Na ocasião, ambos negaram que houvesse uma briga entre os ministros.

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"Não tem briga nenhuma", disse Ramos. "Olha, tem uma definição, briga é quando (tem) duas pessoas", afirmou, em seguida dizendo que não está "brigando com ninguém".

Responsável pela articulação política do governo, Ramos recebeu apoio de parlamentares do Centrão e das lideranças do Congresso, e tem a seu lado no Planalto a chamada ala militar do governo.

Salles foi apoiado publicamente pela ala ideológica do governo e por parlamentares da base conservadora que apoiam Bolsonaro.

O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.