STJ determina prisão de alvo da Calvário que escondeu celular em planta
O STJ (Superior Tribunal de Justiça) determinou hoje a prisão preventiva de Sérgio Ricardo Ribeiro Gama Filho, alvo de fase da Operação Calvário realizada ontem e que, ao ser avisado da ação policial, escondeu o celular em um vaso de planta localizado abaixo da janela.
O Tribunal acatou pedido do MPF (Ministério Público Federal) afirmando que Gama Filho "enterrou o telefone celular em uma jardineira de janela com o claro objetivo de ocultar o aparelho da polícia que cumpria mandado de busca e apreensão". A cena foi registrada em vídeo por agentes da Polícia Federal e procuradores do MPF que acompanharam a operação.
Segundo a procuradoria, assim que agentes chegaram à residência com mandado de busca e apreensão, ele foi avisado pelo pai — Sérgio Ricardo Ribeiro Gama, também investigado — e ocultou o celular.
Após a polícia encontrar o aparelho, Gama Filho afirmou que não tentava escondê-lo e que rezava no local no momento em que os agentes chegaram e, por isso, deixou o telefone junto às plantas.
Em petição enviada ao STJ, a subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo, afirmou ser "difícil de imaginar" o que Gama Filho faria longe de fiscalização, se mesmo na presença de policiais tentou esconder o telefone, e que isso justificava a necessidade de prisão preventiva.
Portanto, se nem mesmo a presença do Estado - na pessoa da autoridade policial em cumprimento de ordem do Superior Tribunal de Justiça - foi capaz de impedir a ocultação de elementos essenciais à investigação, é difícil de imaginar o que será capaz de fazer o investigado longe 'dos olhos do Estado', a fim de impedir a apuração dos fatos, donde exsurge a necessidade de sua segregação cautelar
Lindôra Araújo, subprocuradora-geral da República
A Operação Calvário apura a instalação e o funcionamento de uma organização criminosa liderada pelo ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), que atualmente é candidato à prefeitura de João Pessoa. A fase deflagrada ontem investiga supostos desvios na Saúde e na Educação no estado.
O MPF afirmou que, em investigações preliminares, Gama e Gama Filho são apontados os principais intermediários de crimes praticados pelo conselheiro afastado do TCU (Tribunal de Contas) da Paraíba, Arthur Cunha Lima. Pai e filho foram assessores do conselheiro e ocuparam a chefia de seu gabinete no Tribunal.
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