Após ataque hacker, STJ adia leilão para afastar risco de dano irreparável
O STJ (Superior Tribunal de Justiça) suspendeu hoje o leilão de bens de uma empresa em recuperação judicial por temores de que o ataque cibernético, que levou o Tribunal a tirar seus sistemas do ar, pudesse causar dano irreparável ao processo.
No último dia 3, a rede de tecnologia do STJ foi alvo de um ataque hacker durante sessões dos colegiados das seis turmas. O ataque, entretanto, não atingiu a cópia de segurança (backup) dos arquivos, preservando os processos bloqueados.
A previsão é de que, a partir de segunda, os principais sistemas do Tribunal voltem a operar. Na semana do ataque, os sistemas do Ministério da Saúde e da Secretaria de Economia do Governo do Distrito Federal (GDF) também foram alvos.
O pedido de suspensão do leilão partiu da própria empresa de bebidas. Em petição, a companhia aponta que, devido ao ataque hacker, uma decisão do ministro relator Antonio Carlos Ferreira, publicada no dia 3, dia do ataque cibernético, não foi disponibilizada para as partes.
A empresa também diz que há risco de lesão irreparável "diante da proximidade do leilão" e solicitou a suspensão do caso à presidência do STJ. As datas do leilão eram 10 e 12 de novembro.
O ministro Humberto Martins aceitou o pedido da empresa, argumentando que a "situação excepcional justifica o deferimento do pedido". O leilão está suspenso até a publicação da decisão do ministro relator.
"A fim de evitar dano irreparável ou de difícil reparação, sem deixar de considerar a existência de decisão da lavra do ministro relator, que somente será publicada no retorno das atividades normais deste tribunal, o pedido liminar deverá ser deferido com limitações", declarou Humberto Martins.
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