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E.Bolsonaro mostra supostas provas de venda ilegal de madeira para 7 países

Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) disse que as árvores tinham "DNA rastreável" - Cleia Viana/Câmara dos Deputados
Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) disse que as árvores tinham "DNA rastreável" Imagem: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

Eduardo Militão

Do UOL, em Brasília

17/11/2020 15h49

Um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) publicou imagens que, segundo ele, mostram importação de madeira extraída ilegalmente do Brasil. Os importadores são países europeus, alguns críticos do governo pela política ambiental na Amazônia. Nas imagens divulgadas pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), é possível ver o nome de sete países: Bélgica, Reino Unido, Dinamarca, Holanda, França, Portugal e Itália.

Mais cedo, o pai do parlamentar, Jair Bolsonaro, disse que divulgaria lista de países que importam madeira ilegal, entre eles os "mais severos críticos" da política ambiental bolsonarista.

A lista seria feita a partir de um rastreamento da Polícia Federal. O UOL questionou a PF antes e depois da publicação do deputado e filho do presidente, que é escrivão da corporação, mas não obteve esclarecimentos.

O rastreamento teria sido feito a partir do "DNA das árvores" e "assim, a PF conseguiu rastrear para onde vai a madeira extraída ilegalmente da Amazônia", escreveu Eduardo Bolsonaro em rede social, ao lado das imagens na tarde desta terça-feira (17).

"Como a maioria vai para Europa, onde muitos países se preocupam com o desmatamento nas florestas brasileiras, esperamos que eles cooperem fortemente para impedir a compra destes materiais", continuou o deputado

Ainda antes da publicação do deputado, a Folha de S.Paulo revelou que uma operação da PF identificou oito países como destino da madeira ilegal do Brasil. A Alemanha e a França estariam no grupo. A operação aconteceu em 2017, ainda no governo de Michel Temer (MDB), e teve etapas em anos posteriores.

"A madeira tinha como destino o mercado doméstico e internacional, sendo 140 contêineres destinados à exportação para países da Europa, Ásia e América do Norte", informou a Polícia Federal em comunicado de 2019.