Olavo sugere que Bolsonaro renuncie se não for capaz de defender amigos
O ideólogo Olavo de Carvalho, considerado o guru da família do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e seus aliados, sugeriu hoje que o mandatário renuncie ao cargo caso não seja capaz de "defender a liberdade dos seus mais fiéis amigos".
"Bolsonaro: Se você não é capaz nem de defender a liberdade dos seus mais fiéis amigos, renuncie e vá para casa antes de perder o prestígio que em outras épocas soube merecer", escreveu ele em sua página no Facebook. O escritor não especificou quem seriam os fiéis amigos que precisariam da defesa do presidente.
Bolsonaro: Se você não é capaz nem de defender a liberdade dos seus mais fiéis amigos, renuncie e vá para casa antes de perder o prestígio que em outras épocas soube merecer.
Publicado por Olavo de Carvalho em Quarta-feira, 25 de novembro de 2020
Numa postagem feita minutos depois, o escritor citou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), dizendo que o petista "jamais deixou na mão os seus companheiros de luta".
O Lula jamais deixou na mão os seus companheiros de luta.
Publicado por Olavo de Carvalho em Quarta-feira, 25 de novembro de 2020
Em outra mensagem, ele esclareceu que a crítica não equivale a pedir a renúncia imediata. "Não pedi renúncia nenhuma, pus a coisa no condicional."
Como mostrou reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, há cerca de duas semanas, Olavo passa por um período de turbulência financeira após 250 empresas dissociarem suas marcas de conteúdos publicados por ele. O ideólogo chegou a perder cerca de 30% dos alunos que pagavam mensalidades de seus cursos por meio do PayPal, uma das empresas que baniu Olavo.
Em outubro, ele também foi condenado a pagar uma indenização de R$ 2,9 milhões a Caetano Veloso, por propagar informações falsas contra o artista.
Desempenho das eleições
No dia seguinte ao primeiro turno das eleições municipais, Olavo criticou o desempenho dos políticos bolsonaristas no pleito e avaliou que o presidente tinha culpa nesse resultado.
"O péssimo desempenho dos bolsonaristas na eleição não tem mistério nenhum. Ludibriado pela conversa mole de generais-melancias, o presidente confiou demais no sucesso inevitável da sua liderança pessoal, sem perceber que ela não passava, precisamente, disso: uma liderança pessoal sem respaldo militante e incapaz, por isso, de transmitir seu prestígio a qualquer aliado", disse ele na ocasião ao site O Antagonista.
Candidatos apoiados por Bolsonaro tiveram derrotas importantes em capitais, como Celso Russomanno (Republicanos) em São Paulo; Delegada Patricia (Podemos) em Recife; Coronel Menezes (Patriota), em Manaus; e Bruno Engler (PRTB) em Belo Horizonte.
O presidente já minimizou a relevância desses resultados em uma publicação no Facebook e disse que sua ajuda resumiu-se a lives na rede social.
* Com informações do Estadão Conteúdo
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