Topo

Esse conteúdo é antigo

Deputada estadual Valéria Bolsonaro é expulsa do PSL

Valéria Bolsonaro, deputada estadual de São Paulo, e Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), deputado federal - Reprodução/Instagram
Valéria Bolsonaro, deputada estadual de São Paulo, e Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), deputado federal Imagem: Reprodução/Instagram

Pedro Ezequiel

Do UOL, em São Paulo

23/12/2020 13h40Atualizada em 24/12/2020 00h03

A deputada estadual de São Paulo Valéria Bolsonaro foi expulsa do PSL, partido pelo qual foi eleita em 2018, após uma ação movida pelo senador Major Olimpio, também do partido.

A justificativa da expulsão é por "infidelidade partidária".

No ano passado, o senador enviou um documento ao presidente do partido, Luciano Bivar, acusando Valéria de divulgar um áudio em que ela pede uma "pulverização" de uma campanha contra ele na cidade de Americana, após Olimpio nomear dirigentes da sigla no local, que é base eleitoral de Valéria.

De acordo com o jornal o Globo, dentro do processo a defesa admitiu a autenticidade do áudio.

A executiva local do partido tomou a decisão após uma reunião feita ontem de noite e a votação do conselho de ética foi unânime.

A deputada alegou que a "infidelidade partidária" se deu por ela apoiar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) — Bolsonaro foi eleito pelo PSL, mas rompeu com a sigla em 2019.

"Sou mulher, apoio o presidente e nunca tive medo de enfrentar absolutamente nada. Saio honrada e de cabeça erguida", escreveu.

O presidente estadual da sigla, o deputado federal Junior Bezella, disse que a expulsão não foi pelo apoio a Bolsonaro, como ela alegou.

Em depoimento ao UOL, Bezella disse que a ação disciplinar ocorreu, "fundamentalmente", pelas ações de Valéria nas eleições municipais de 2020.

"Houve uma série de denúncias das infidelidades dela no processo eleitoral nas eleições de 2020. Foi uma série de elementos. Fundamentalmente foi nas eleições de 2020", disse.

Segundo ele, a relação dela com Bolsonaro — Valéria é parente distante: avô do marido era irmão do avô de Bolsonaro — não teve papel na análise da expulsão.

"Cada um fala o que quer. Se fosse para expulsar por apoiar o Bolsonaro... Eles [deputados que Bozzella classificou como aqueles que trabalharam contra a sigla] deixam o mandato de lado", disse.

Bozzella ainda afirmou que outros nomes do partido podem seguir o mesmo processo no conselho de ética