Coisa de bundão é não explicar dinheiro de Queiroz para mulher, diz Olimpio
O senador Major Olimpio (PSL-SP), ex-aliado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), divulgou um vídeo na manhã de hoje afirmando que "coisa de bundão" é não explicar por que Fabrício Queiroz depositou R$ 89 mil para a primeira dama, Michelle Bolsonaro.
Ontem, ao atacar mais uma vez a imprensa, Bolsonaro afirmou que, se contaminados pela covid-19, jornalistas têm menos chances de sobreviver do que ele. "Quando pega num bundão de vocês (da imprensa), a chance de sobreviver é bem menor", afirmou o presidente.
Para Olimpio, o que Bolsonaro disse "é um desrespeito a todos aqueles que se foram, às famílias, desrespeito aqueles que ainda serão contagiados e que morrerão, por irresponsabilidade, por negacionismo do presidente da república".
Coisa de bundão, Jair Bolsonaro, é não explicar por que o Queiroz põe dinheiro na conta da sua mulher. Isso é coisa de bundão. Conta por que é.
Major Olimpio para Jair Bolsonaro
O senador afirmou que na primeira oportunidade que tiver, em um evento em público, vai olhar nos olhos de Bolsonaro e dizer: "presidente bundão". "Não fica tentando sair das situações atacando o mundo, desrespeitando a vida daqueles que se foram. Então, presidente, a sua conduta é de bundão", afirmou.
Ontem, o Brasil chegou passou de 115 mil mortos por covid-19, de acordo com o levantamento feito pelo consórcio de veículos de comunicação do qual o UOL faz parte.
A afirmação de Bolsonaro ocorreu um dia depois de dizer a um repórter que desejava "encher a boca" dele de "porrada". A comparação aconteceu depois de ele lembrar, em coletiva de imprensa, que, em março, discursou em rede nacional minimizando a gravidade da pandemia do coronavírus.
À época, ele afirmou que não corria riscos devido ao seu "histórico de atleta" e chamou a doença de "gripezinha". "Sempre fui atleta das Forças Armadas. Aquela história de atleta, né, que pessoal da imprensa vai para o deboche", reclamou hoje o presidente.
"[Jornalista] ó sabe fazer maldade, usar a caneta com maldade, em grande parte. Tem exceções, né, como aqui o (jornalista) Alexandre Garcia", completou, referindo-se ao comentarista da CNN Brasil, que esteve presente na solenidade.
Bolsonaro também voltou a justificar o uso do termo "gripezinha" no discurso e alegou, assim como já o fez em outras oportunidades, que sua intenção era ironizar a fala de um vídeo antigo do médico e escritor Drauzio Varella. "Depois eu fui atrás", disse.
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