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Sem dados, Bolsonaro diz que eficácia da CoronaVac 'está lá embaixo'

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, sem provas, que a eficácia da CoronaVac "está lá embaixo" - Aloísio Maurício/Fotoarena/Estadão Conteúdo
O presidente Jair Bolsonaro afirmou, sem provas, que a eficácia da CoronaVac "está lá embaixo" Imagem: Aloísio Maurício/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

24/12/2020 19h21Atualizada em 24/12/2020 21h54

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou hoje, sem dados, que o percentual de eficácia da CoronaVac está baixo. Ontem, o Instituto Butantan e o Governo de São Paulo não divulgaram a eficácia do imunizante produzido em parceria com o laboratório chinês Sinovac, por força de contrato.

Porém, o instituto paulista informou que ela está dentro do limite para pedido de uso emergencial na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

"A eficácia daquela vacina de São Paulo está lá embaixo, está lá embaixo. Não vou divulgar percentual aqui porque se eu errar 0,001% vou apanhar da mídia, mas o percentual aprece que esta la embaixo levando-se em conta a outra", afirmou Bolsonaro durante transmissão ao vivo semanal.

A CoronaVac também está sendo testada em outros países. A Turquia informou hoje que a vacina apresentou 91,25% de eficácia nos testes da fase 3 realizados no país. Os pesquisadores ainda afirmaram que essa taxa pode aumentar quando os resultados avançados forem divulgados.

Na transmissão, Bolsonaro ainda citou a medida provisória, assinada no dia 17 dezembro, destinando R$ 20 bilhões para aquisição de vacinas contra o coronavírus e outros itens necessários para a campanha de imunização. Afirmou que "não é irresponsável" e que "passando pela Anvisa vamos disponibilizar para todo mundo, de minha parte, de forma voluntária, e gratuita."

Responsabilidade sobre vacinas

O presidente reafirmou que não irá se responsabilizar pela aplicação de vacinas que estejam ainda em fase de testes. Segundo o presidente, a responsabilidade é dos governadores, e citou que alguns querem obrigar a população a serem imunizados obrigatoriamente.

"Quem está com pressa, se responsabilize. Se o governador do teu estado, acha que você deve tomar, inclusive um falou que tem que ser na marra, tomar de qualquer maneira, ele assine um termo de responsabilidade. Se tiver efeito colateral, vai para cima dele."

"Eu quero uma vacina eficaz e segura, que atinja objetivos. Tem muita gente com medo em casa, esperando a vacina, tudo bem, vamos esperar vacina", concluiu.