Topo

Mesa diretora bate o martelo e eleição na Câmara será dia 1º de fevereiro

Plenário da Câmara dos Deputados - Michel Jesus/Câmara dos Deputados
Plenário da Câmara dos Deputados Imagem: Michel Jesus/Câmara dos Deputados

Kelli Kadanus

Colaboração para o UOL, em Brasília

18/01/2021 11h41

A mesa diretora da Câmara dos Deputados bateu o martelo e definiu que a eleição para a presidência da Câmara dos Deputados será realizada no dia 1º de fevereiro. A informação foi divulgada pelo deputado Arthur Lira (PP-AL), um dos candidatos ao posto, em uma publicação nas redes sociais. Mais tarde, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), confirmou a decisão.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) vinha afirmando que a eleição seria realizada no dia 2 de fevereiro. Mas o grupo ligado a Lira vinha pressionando para que a votação ocorresse no dia 1º.

Na semana passada, Maia afirmou que a mesa decidiria a data da eleição na reunião de hoje. "Do meu ponto de vista, o que diz o regimento, a Mesa vai decidir, é que a formação dos blocos é feita até o dia 1º de fevereiro, e a votação sempre tem sido no dia seguinte", disse Maia na última terça-feira (12).

Hoje, o presidente da Câmara disse que a data da eleição é indiferente. "Geralmente é dia 2, mas não sei porque parte dos membros da mesa entendeu que tinha que ser dia 1º. Acho que vai acabar sendo dia 1º à noite. Seria melhor começar dia 2 pela manhã. Mas isso não é o maior problema", afirmou.

A reunião da mesa diretora de hoje também iria decidir a situação de 17 deputados do PSL que estão com as atividades suspensas por uma decisão do partido. Um grupo com 32 parlamentares da sigla quer apoiar a candidatura de Lira e a mesa vai decidir se valida ou não as assinaturas dos deputados suspensos. O presidente do PSL, Luciano Bivar, pediu vista e o caso não deve ser decidido antes das eleições.

A eleição vai definir o comando da Câmara pelos próximos dois anos e o voto é secreto. A Casa prepara um esquema especial para votação presencial, com urnas espalhadas pelo prédio, para evitar aglomeração no plenário.

Maia havia sugerido que deputados do grupo de risco pudessem votar de forma remota, mas a sugestão não foi aceita pela mesa diretora. "Se decidiu também por maioria, contra o meu voto, não ter nenhuma flexibilidade de votação remota para os deputados e deputadas no grupo de risco, mas foi a decisão da maioria, tem que ser respeitada", disse Maia.

Maia afirmou que a expectativa é de que cerca de 3 mil pessoas circulem pela Câmara no dia da votação. "Nós vimos o que aconteceu no Supremo Tribunal Federal na posse do presidente [Luiz] Fux, quantas pessoas foram contaminadas. Um ex-ministro do STJ ontem faleceu, que estava presente na posse do presidente Fux", alertou o presidente da Câmara.

"Esses prédios aqui [em Brasília], todos eles, são de pouca circulação de ar. O que temos de informação é que quanto maior a circulação de ar menor o risco de contaminação, de contágio", reforçou.