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Baleia Rossi: "Não quero fazer do impeachment bandeira de candidatura"

Baleia Rossi participa do programa Roda Viva, da TV Cultura - Reprodução/TV Cultura
Baleia Rossi participa do programa Roda Viva, da TV Cultura Imagem: Reprodução/TV Cultura

Do UOL, em São Paulo

25/01/2021 22h40

Faltando uma semana para a eleição à presidência da Câmara dos Deputados, o deputado Baleia Rossi (MDB-SP) prometeu, caso seja eleito, analisar os 62 pedidos de impeachment protocolados contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), mas adiantou que não quer fazer desses processos a bandeira de sua candidatura.

"Tenho um compromisso com a Constituição, que quando assumi prometi honrá-la. Nessa questão do impedimento do presidente da República, é atribuição do presidente da Câmara analisar todos esses pedidos. Mas não quero fazer do pedido de impedimento uma bandeira da minha candidatura", disse Baleia, durante o programa "Roda Viva", da TV Cultura, na noite de hoje.

Baleia disse que "não conhece nem teve acesso" aos pedidos de impeachment. "Portanto, meu compromisso à luz da Constituição é analisar cada um deles. Esse compromisso fiz com todos os partidos que representam a Frente Ampla", afirmou.

Arthur Lira, considerado o candidato favorito do Palácio do Planalto, também foi convidado pelo programa ainda no inicio de janeiro, mas recusou o convite.

Disputa acirrada

Baleia Rossi conseguiu unir em torno de sua candidatura partidos de oposição ao presidente, como PDT, PCdoB, e ainda pode angariar votos do Psol, que lançou candidatura própria, mas tem a bancada rachada. Esses partidos integram o bloco para frear a tentativa do Palácio do Planalto de interferir na Casa, com a eleição de um aliado do governo. Ao todo, aliados de Baleia contabilizam 11 partidos.

Já o bloco de Lira reúne dez partidos, com possíveis 230 votos. Como a votação é secreta, pode haver 'traições" dentro das legendas.

A eleição para a presidência da Câmara está marcada para a próxima segunda-feira (1) e será feita de forma presencial, apesar da insistência de Maia para que houvesse um sistema remoto para que os parlamentares do grupo de risco pudessem votar sem ter que estar em Brasília.