Brasil sobe, mas fica em 94º em ranking mundial de corrupção
O Brasil subiu oito posições no ranking mundial de corrupção da Transparência Internacional, divulgado hoje, mas permaneceu no mesmo patamar, considerado "muito ruim". O país ocupa agora a 94ª posição, de um total de 180 países e territórios.
Em 2019, o Brasil obteve 35 pontos na avaliação do IPC (Índice de Percepção da Corrupção). Em 2020, o valor subiu para 38, continuando dentro da margem de erro da pesquisa, que é de 4,1 pontos para mais ou para menos.
A pontuação dos países avaliados vai de 0, que significa "altamente corrupto", a 100, considerado "muito íntegro".
Este ano, os países que conseguiram a maior nota foram a Dinamarca e a Nova Zelândia, com 88 pontos. Em seguida vieram Finlândia, Singapura e Suécia, com 85.
As últimas posições do ranking foram ocupadas por Sudão do Sul e Somália, 12, Síria, 14, e Iêmen e Venezuela, 15.
Ao lado do Brasil estão Etiópia, Cazaquistão, Peru, Sérvia, Sri Lanka, Suriname e Tanzânia. O país melhor colocado da América do Sul foi o Uruguai, com 71 pontos, no 21º lugar.
Transparência Internacional alerta para retrocessos no Brasil
Junto à publicação do relatório, a Transparência Internacional afirmou que o Brasil "enfrenta sérios retrocessos no combate à corrupção". A organização aponta que a luta contra a corrupção foi usada como bandeira nas eleições por boa parte dos políticos, mas não se converteu em medidas concretas.
Para a entidade, isso se deve à perda de independência de órgãos como a Procuradoria-Geral da República e a Polícia Federal. A Transparência Internacional acrescenta que ataques à imprensa e à sociedade civil ameaçam a produção de informação de interesse público e o controle social, consideradas frentes essenciais de combate à corrupção.
Em outubro de 2020, a organização publicou o relatório "Brasil: retrocessos nos marcos jurídicos e institucionais anticorrupção", no qual detalha a situação do combate a corrupção em instituições brasileiras como a Receita Federal, o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), o poder judiciário, entre outros.
Do documento, a Transparência Internacional faz uma série de recomendações, incluindo garantir o financiamento do Coaf e remover de altos cargos do governo pessoas investigadas por corrupção.
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