Temer discorda de impeachment, mas diz que governo Bolsonaro não tem metas
O ex-presidente da República Michel Temer (MDB) se posicionou contra a abertura de um processo de impeachment para o atual chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (sem partido) por não ver "crime de responsabilidade". Ao mesmo tempo, Temer admite que não há um plano de administração com metas.
"Todo impeachment é traumático. São meses e meses de um transtorno institucional extraordinário. Se puder esperar as eleições, é melhor para a estabilidade institucional. Não vi crime de responsabilidade do presidente, mas teria de analisar os pedidos caso a caso. Por exemplo: dizem que Bolsonaro trabalhou contra a vacina, mas, se você pegar as manifestações dele na segunda-feira, ele até elogia o Estado chinês. Como é que vai levar adiante o processo se tem uma declaração dessa natureza?", declarou o ex-presidente ao jornal O Globo.
A pedido do governador de São Paulo, João Doria, Michel Temer solicitou agilidade no envio de insumos fundamentais para a produção do imunizante contra a covid-19. O pedido foi direcionado ao embaixador da China no Brasil, Yang Wanming.
Um evento em favor da vacina feito por Doria também contou com a presença de Temer e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Ao ser questionado sobre a possibilidade de ser vacinado, respondeu: "Eu espero que chegue logo a minha vez. Pode ser do Paquistão, eu tomo."
O combate à pandemia do coronavírus pelo Governo Bolsonaro é visto com bons olhos por Michel Temer. Para ele, agora Bolsonaro está indo bem. "No início, quando mencionou que a doença era um mal relativo, mínimo, não foi bem. Temos de adotar o que a ciência estabelece."
Ainda que concorde com a forma que Bolsonaro tem gerido a pandemia, Temer pontua que, no momento, o importante é preservar vidas para depois correr atrás da recuperação econômica nacional.
"A economia tem atropelos, mas isso é recuperável. E é preciso fazer uma revisão nas posições atuais sobre meio ambiente, para recuperar a imagem do Brasil no exterior. Na hora em que houver isso, os investidores voltarão. E outra coisa importante: sabe por que eu fui bem no meu governo? Eu cheguei com um programa que havíamos elaborado no PMDB, chamado Ponte para o Futuro. Essa administração precisa de uma espécie de nova ponte para o futuro, um plano de metas para o país. Isso não tem. Qual é o plano do governo?".
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