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Alexandre de Moraes manda PF investigar venda de dados de ministros do STF

Alexandre de Moraes é relator do inquérito das fake news - Rosinei Coutinho/STF
Alexandre de Moraes é relator do inquérito das fake news Imagem: Rosinei Coutinho/STF

Do UOL, em São Paulo

03/02/2021 18h05

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes encaminhou hoje à Polícia Federal um pedido de investigação de uma suposta venda de dados de ministros do tribunal. A ação foi denunciada em reportagem do jornal O Estado de S. Paulo após um grande vazamento de informações que atingiu quase todos os brasileiros.

Moraes determinou que seja instaurado um inquérito para investigar os fatos e que seja ouvido o responsável pela criação do site "Fui Vazado", que é usado para a consulta de quem teve seus dados divulgados.

O ministro também pediu que provedores de internet bloqueiem imediatamente os sites que estejam exibindo as informações dos ministro do STF e de outras autoridades. Ele ordenou ainda que buscadores como Google, Bing, Yahoo, entre outros, retirem de seus sistemas resultados que levem à páginas que estariam vendendo os dados.

"A comercialização de informações e dados privados e sigilosos de membros desta Corte atinge diretamente a intimidade, privacidade e segurança pessoal de seus integrantes", justificou Moraes no despacho, ao qual o UOL teve acesso.

O ministro Alexandre de Moraes atendeu a um pedido do presidente da Corte, Luiz Fux. A solicitação foi feita a Moraes por ele ser o relator do inquérito 4781, que ficou conhecido como inquérito das fake news.

Um perito da Corte elaborou um relatório com base na reportagem do Estadão e nas informações encontradas em alguns dos sites que estariam comercializando os dados dos ministros. Três destes sites só podem ser acessados pela deep web, uma área de internet que fica "escondida".

De acordo com a TV Globo, a PF já abriu um inquérito para investigar o megavazamento de dados de cidadãos e autoridades na internet. Fontes ouvidas pela TV informam que a Polícia Federal recebeu no dia 28 de janeiro um pedido da Autoridade Nacional de Proteção de Dados para abrir a investigação.

Procurados pelo UOL, a Polícia Federal e o STF ainda não se manifestaram sobre o caso.