Renan diz que prioridade de Bolsonaro é "ridícula" e critica Kicis na CCJ
O senador Renan Calheiros (MDB-AL) afirmou hoje que a pauta que o governo Bolsonaro definiu como prioritária é "ridícula". Ele também criticou a indicação da deputada Bia Kicis (PSL-DF) para a CCJ (Comissão de Constituição de Justiça) da Câmara.
Em entrevista à CNN Brasil, Renan disse que "o governo demonstrou não ter capacidade de organização, nem absolutamente nenhuma prioridade". Para ele, a pauta que o presidente Jair Bolsonaro pediu para a Câmara e o Senado priorizarem é "repetitiva" e não vai possibilitar que o Brasil retome o crescimento econômico.
"Precisamos ter um plano, pelo menos enquanto não atingirmos a meta da ciência na imunização. Precisamos cobrar imposto das grandes fortunas e, quem sabe, financiar o auxílio emergencial com esses recursos", defendeu.
Sobre a indicação de Bia Kicis para a CCJ da Câmara, o senador falou que acha "inconcebível que ela assuma o cargo por ser "alguém que defendeu golpe, batalhou sempre pelo esvaziamento da própria instituição a que pertence". "Contradição muito ruim que não favorece o legislativo", completou Renan.
O ex-presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) também está cotado para a CCJ, mas a do Senado. Renan elogiou Alcolumbre e analisou: "O Davi exerceu o mandato com algum brilho, ele não pode de forma nenhuma permitir que o brilho acabe a partir do momento em que admite conflitar poder com o próprio presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco".
CPI da covid
O senador também afirmou que tem "certeza absoluta" que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) vai instaurar a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da covid para investigar responsabilidades pelo caos sanitário no Brasil decorrente da pandemia de covid-19.
"Eu não acho que ele vai instaurar, ele é obrigado a instaurar", disse. "Essa investigação é emblemática, é necessária, fundamental. Nós temos que investigar se houve responsabilidade por omissão, incompetência, seja lá o que for, para que o Congresso possa punir, se for o caso", argumentou.
Renan complementou: "Se for necessário, vamos somar esforços com a PF para que tenhamos uma rápida investigação."
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