Topo

Esse conteúdo é antigo

Auxílio emergencial tem de voltar até que as pessoas se vacinem, diz Haddad

Do UOL, em São Paulo

10/02/2021 11h19Atualizada em 10/02/2021 15h27

Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo, ex-ministro da Educação e candidato do PT nas últimas eleições presidenciais, defendeu a volta do auxílio emergencial até que toda a população brasileira seja vacinada contra a covid-19.

"Bolsonaro gerou uma situação de caos no país. E nesse momento nós estamos no pior momento porque não temos nem o auxílio emergencial —que foi um esforço da oposição—, nem a vacina, que ele sabotou", disse Haddad ao participar do UOL Entrevista, conduzido pelo colunista Kennedy Alencar.

"Não podemos medir esforços para lutar por duas palavras de ordem, a volta do auxílio emergencial e acelerar o processo de vacinação. Acho que sem essas duas providências nós vamos amargar um semestre muito difícil no Brasil, por única responsabilidade do governo federal", completou.

Haddad criticou ainda falta de liderança do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com relação à pandemia.

Se nós tivéssemos feito o isolamento social correto no ano passado, nós teríamos gastado muito menos dinheiro e a economia já teria retomado. Mas para isso a gente precisava de liderança, e nós nem gabinete de crise instalamos no Brasil.
Fernando Haddad (PT)

"O ministro da Saúde não é da área, não entende do assunto. Ou seja, ele [Bolsonaro] conseguiu produzir uma situação caótica porque ele sabotou a solução, que é a vacina, e sabotou a única coisa que tínhamos disponível, que era o isolamento social bem feito."

O petista defendeu a volta ao benefício, extinto em dezembro, no mesmo valor de R$ 600. Hoje, o governo já avalia retomar o benefício em parcelas de R$ 200.

"Isso vai custar recursos? Vai custar recursos. Mas nós vamos salvar a economia e vamos salvar vidas se nós retornamos vacinação e o auxílio emergencial", afirmou.