Sob pressão por CPI, Pazuello diz que guerra é técnica, não política
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse hoje que o combate à pandemia do novo coronavírus é uma guerra técnica, não política. A fala do ministro aconteceu em sessão do Senado, onde foi cobrado pela vacinação no país.
O ministro tenta evitar a abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar sua atuação. O pedido de CPI articulado pelo senador da oposição Randolfe Rodrigues (Rede-AP) tem 31 assinaturas, quatro além do mínimo necessário e está sob análise do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
"Queria fazer meu alerta. A Alemanha perdeu a guerra duas vezes porque abriu a frente russa. Duas vezes, 1ª Guerra Mundial e 2ª Guerra Mundial. Todo mundo avisou ao ditador que não devia abrir a frente russa e ele abriu. Duas frentes, não tem como manter. Temos uma guerra contra a covid", disse Pazuello, que é general da ativa do Exército.
O presidente do Senado avaliou que as falas de Pazuello na sessão de hoje seriam determinantes para abertura ou não da CPI. Articuladores do governo Bolsonaro tentam convencer senadores de que a abertura de uma investigação dificultará o combate à pandemia.
Durante sua fala, Pazuello destacou a atuação que teve à frente do ministério, justificou ações e disse que vai vacinar toda a população do país em 2021.
Atualmente, foram autorizadas aplicações de 11 milhões de doses —a população é de 219 milhões de habitantes, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
"A guerra é contra a covid. Ela é técnica, de saúde. Não é política. Se abrir a segunda frente, política e técnica, vai apertar. (...) Se entrarmos com uma nova frente nessa guerra, que é a frente política, vamos ficar fixados. Se nós fixarmos a tropa que está no combate, vai ser mais difícil ganhar a guerra. Peço a todos os senadores que compreendam exatamente o que eu falei", afirmou Pazuello.
O ministro disse que demandas de senadores para tratar da pandemia são questões técnicas, não políticas. Ele citou como exemplo pedidos que o senador Eduardo Braga (MDB-AM), que pediu mais vacinação para o estado que foi eleito.
O Brasil soma 234.945 óbitos causados pela covid-19 desde março de 2020 e 9,6 milhões de infectados. Os dados foram divulgados ontem pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.
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