Defesa de Edir Macedo pede ao STF retomada de processo contra Haddad
A defesa do bispo e líder da Igreja Universal do Reino de Deus, Edir Macedo, entrou com um pedido no STF (Supremo Tribunal Federal) para a retomada do processo contra Fernando Haddad (PT) por suposta ofensa durante as eleições de 2018, quando o ex-prefeito de São Paulo foi derrotado na disputa presidencial. Na ocasião, Haddad afirmou que o líder religioso era "fundamentalista charlatão, com fome de dinheiro" após sua declaração de apoio ao então candidato Jair Bolsonaro (sem partido).
"Sabe o que é o Bolsonaro? Vou dizer para vocês o que é o Bolsonaro. Ele é o casamento do neoliberalismo desalmado, representado pelo Paulo Guedes, um neoliberalismo desalmado, que corta direitos trabalhistas e sociais, com o fundamentalismo charlatão do Edir Macedo. Isso que é o Bolsonaro", disse Haddad, em outubro de 2018, ao ser questionado sobre as acusações de Bolsonaro sobre o 'kit gay'. "Sabe o que está por trás desta aliança? Chama, em latim (sic), aura sacra fames: fome de dinheiro, só pensam em dinheiro".
A ação foi trancada pelo ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Sebastião Reis Junior no dia 4 de fevereiro. O magistrado julgou que Haddad apenas criticou Bolsonaro de forma dura e utilizou figuras de linguagem para caracterizar suas ações durante a disputa eleitoral. "Dessa forma, palavras por ele (Haddad) proferidas encontram-se abarcadas pelo direito de liberdade de expressão e de pensamento", destacou o ministro.
No entanto, a defesa do líder da Universal contestou a atitude de Haddad. "Na presença de várias pessoas e após participar de uma missa católica alusiva ao dia de Nossa Senhora Aparecida (fomentando um discurso de ódio religioso), em sede de 'coletiva de imprensa', passou a injuriar e difamar o Reclamante, Edir Macedo Bezerra", alegou.
Ainda é relatado que aconteceu "naturalmente" a revelação do apoio de Edir a Bolsonaro após questionamentos de frequentadores da Universal que se deram "por mera liberdade e até mesmo curiosidade" sobre "qual candidato à Presidência da República seu líder espiritual se identifica."
Por fim, a defesa do líder religioso solicita que seja liminarmente suspenso o ato impugnado; a requisição das informações da autoridade impugnada; a determinação da citação do beneficiário da decisão impugnada, para que apresente contestação no prazo legal; e ao final, julgada procedente a presente Reclamação Constitucional, determinando-se a cassação da decisão ora impugnada.
Procurado pelo UOL, Fernando Haddad preferiu não se manifestar sobre o caso.
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