Em nova prisão, Silveira diz a apoiadores: 'vou mostrar quem é o STF'
O deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) circulou na noite de hoje pelo pátio do (BEP) Batalhão Especial Prisional da Polícia Militar, em Niterói, onde está preso. Ele encontrou apoiadores e afirmou: "Vou mostrar para o Brasil quem é o STF".
Sem máscara, Silveira conversou com os integrantes do Movimento Endireitando Niterói, que filmaram a interação com o deputado enquanto cantavam palavras de apoio. Ele também apertou a mão de alguns apoiadores através do portão que os separava.
Daniel Silveira teve a prisão em flagrante decretada na noite de terça-feira (16) pelo ministro Alexandre de Moraes do STF (Supremo Tribunal Federal) após publicar um vídeo no qual insulta magistrados da Corte e defende a volta do AI-5.
Na tarde de hoje, ele passou por audiência de custódia e o juiz Airton Vieira, que atua em auxílio ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, decidiu manter a prisão do deputado.
Silveira então foi transferido do prédio da Polícia Federal, onde estava, para o BEP. No caminho, ele também acenou para apoiadores.
Caberá à Câmara dos Deputados definir se Daniel Silveira continuará preso. Segundo o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a prisão de Silveira será analisada pela Casa amanhã às 17h.
Embora alguns deputados classifiquem a prisão como abusiva devido à imunidade parlamentar, líderes partidários afirmam que a maioria dos deputados deve votar pela manutenção da detenção de Silveira. Ao UOL, uma fonte do STF confirmou que Daniel Silveira deve continuar preso até a decisão da Câmara dos Deputados.
Celulares foram encontrados na sala do deputado
A Polícia Federal informou, na tarde de hoje, que encontrou, "durante a execução dos protocolos de segurança realizados em local de custódia", dois aparelhos celulares na sala onde se encontrava o deputado bolsonarista Daniel Silveira, na Superintendência da PF.
"Foi determinada a instauração de inquérito policial para apurar as circunstâncias dos fatos", relatou a PF, em nota.
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