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Polícia investiga ameaças de morte contra prefeita de Juiz de Fora (MG)

Margarida Salomão, prefeita de Juiz de Fora (MG), é ameaçada de morte após anunciar medidas restritivas na cidade - Reprodução/Facebook/Margarida Salomão
Margarida Salomão, prefeita de Juiz de Fora (MG), é ameaçada de morte após anunciar medidas restritivas na cidade Imagem: Reprodução/Facebook/Margarida Salomão

Elisângela Baptista

Colaboração para o UOL, em Juiz de Fora (MG)

10/03/2021 13h11

A Polícia Civil de Minas Gerais instaurou inquérito ontem para apurar possíveis ameaças de morte contra a prefeita de Juiz de Fora, Margarida Salomão (PT), e o vice, Kennedy Ribeiro (PV). O crime teria sido cometido pelas redes sociais após divulgação pela chefe do executivo de um novo decreto determinando medidas restritivas na cidade para conter a transmissão do novo coronavírus.

A denúncia veio a público por meio do secretário municipal de Segurança Urbana e Cidadania, Tadeu David. Ele postou um vídeo nas redes sociais pedindo providências a respeito de um crime de ameaça à prefeita e ao vice. Segundo o secretário, os suspeitos teriam comentado em usar armas para constranger as vítimas. Tadeu ressaltou ser inadmissível uma situação como essa.

"A democracia não coaduna com ameaças, violência e qualquer tipo de manifestação neste sentido. Nos últimos tempos, temos observado pessoas proferirem crimes, como ofensas, calúnias e ameaças a pessoas e políticos. Ameaçar alguém de morte é crime e não liberdade de expressão. Não devemos e não vamos tolerar qualquer tipo de violência", reagiu o secretário.

O delegado responsável pelo caso, Samuel Neri, informou à imprensa que pretende tratar as apurações em sigilo neste primeiro momento e que mais detalhes sobre o caso serão relatados posteriormente.

Decreto permite funcionamento de serviços essenciais

A prefeita de Juiz de Fora anunciou em coletiva, no último domingo (7), a adoção de medidas mais rígidas na cidade para diminuir o número de casos de covid-19. O decreto determina o fechamento das atividades públicas e a circulação limitada. Apenas supermercados, padarias, postos de combustíveis, farmácia, setor veterinário e instituições financeiras foram autorizados a funcionar.

As medidas foram tomadas após a cidade atingir 100% dos leitos de UTIs (Unidade de Tratamento Intensivo) ocupados no SUS (Sistema Único de Saúde). No momento, a taxa caiu para 93,97% de ocupação, segundo dados da prefeitura. Juiz de Fora tem 21.307 casos de covid-19, sendo 860 mortes.