Bolsonaro admite conversas para voltar ao PSL
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) admitiu hoje conversas com vários partidos em busca de sua filiação para disputar a reeleição em 2022, dentre eles, o próprio PSL (Partido Social Liberal), sigla na qual disputou a eleição anterior. Em live, realizada nas redes sociais, Bolsonaro disse esperar decidir o seu futuro político até o fim de março.
"Espero que em março decida qual meu futuro político, alguns partidos acenaram para mim, até o próprio PSL. Conversei com PSL também, entre outros partidos, repito, e quero tomar a decisão depois de ouvir a grande maioria de vocês que foram eleitos comigo, que tem meia dúzia [de políticos] que não dá para conversar, destruíram todas as pontes ao longo desses últimos dois anos em causa própria. Espero brevemente decidir essa questão partidária", afirmou.
Bolsonaro foi eleito pelo PSL, mas deixou a sigla em 2019, seu primeiro ano de mandato. Ele brigou com o presidente da legenda, o deputado Luciano Bivar (PE), por causa do controle do partido. Uma parte do PSL deixou der ser aliada do presidente da República.
A partir daí, Bolsonaro começou uma corrida para criar um partido às pressas, o Aliança pelo Brasil, na tentativa da sigla disputar as eleições municipais de 2020, mas não teve êxito.
Conversas com Partido da Mulher Brasileira
No início da semana, no entanto, o presidente já havia dito que estava "namorando outro partido" como opção ao Aliança pelo Brasil, sigla que ele e seus apoiadores tentam viabilizar a tempo de participar das eleições de 2022. Segundo o presidente, ele seria o "dono" da legenda.
O UOL apurou que Bolsonaro também conversou com a presidente do Partido da Mulher Brasileira (PMB), Suêd Haidar, sobre o tema. De acordo com a TV Record, Bolsonaro vai assumir o controle da legenda, mudar o nome dela e partir para as eleições 2022.
Duas fontes do PMB afirmaram ao UOL que o acordo estaria praticamente selado. Alguns militantes do partido passaram a se desfiliar por discordar da postura do presidente da República em relação às mulheres, como o advogado Jaime Fusco.
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