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Damares anuncia aplicativo para que crianças denunciem violência

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, foi a Cianorte, no Paraná, por conta de caso do menino Cristofer - Wallace Martins/Futura Press/Estadão Conteúdo
A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, foi a Cianorte, no Paraná, por conta de caso do menino Cristofer Imagem: Wallace Martins/Futura Press/Estadão Conteúdo

21/04/2021 20h17

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, anunciou hoje a criação de um aplicativo para crianças e adolescentes denunciarem casos de violência. O recurso foi desenvolvido em parceria com a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância).

O aplicativo se chamará "DICA" (Direitos da Criança e do Adolescentes) e estará disponível no dia 18 de maio.

O secretário nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Maurício Cunha, que estava ao lado de Damares na divulgação do aplicativo, explicou que ele funcionará mostrando vídeos e histórias apropriados à idade de quem estiver usando, e que posteriormente a criança ou o adolescente serão encaminhados para um atendimento especializado.

"Adaptamos a linguagem, será um aplicativo com materiais lúdicos, histórias e depois a criança ou o adolescente será conduzido para um atendimento especializado. As próprias crianças e adolescentes farão as denúncias. Algumas crianças e adolescentes poderão ser salvas com esse aplicativo", disse Cunha.

O anúncio aconteceu durante um evento na cidade de Cianorte, no Paraná, onde o menino Cristofer Matos, de 3 anos, foi morto no dia 25 de março. O principal suspeito do crime é o padrasto.

"Eu estou com vergonha de estar aqui, desta situação. Eu queria pedir perdão por eu não ter chegado antes", falou Damares ao avô de Cristofer, que estava no auditório. "Eu peço perdão a todas as crianças do Brasil, que nós não estamos chegando nelas antes da violência, antes da dor, antes do estupro, antes do descaso", completou.

Damares estava na cidade de Cianorte para acompanhar o caso do menino Cristofer. Ela fez uma fala emocionada, com a voz embargada e mencionando ter chorado em diversas reuniões anteriores sobre o tema.

"Eu não vim aqui prometer nada, eu vim aqui chorar. Eu vim aqui assumir a minha responsabilidade também na morte deste menino", disse a ministra, que pediu que o prefeito Marco Antonio Franzato (PSD) coloque o nome de Cristofer na próxima obra realizada no município.