Carlos Bolsonaro confunde projeto da LGPD com LGBT e rebate: 'Mentirosos'
O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos) confundiu o debate sobre a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), com as pautas de gênero, discutidas pela sigla LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais). No entanto, nas redes sociais, o parlamentar negou o ocorrido.
"Confundi porcaria alguma. Estava ciente dos dois projetos em discussão. Quanto ao de proteção de dados me posicionei favorável e quanto ao segundo levantei questões e confeccionei emenda para tal proposta. Mentirosos descarados!", escreveu.
O episódio aconteceu durante uma audiência pública virtual da Câmara de Vereadores, no qual o parlamentar achou que um artigo que tratava sobre "autodeterminação informativa" tinha relação com identidade de gênero. Para o filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a questão se tratava de uma "aberração gigantesca".
"Sei que vão querer ridicularizar, vão querer levar para um lado pejorativo da situação, mas estou querendo respeitar a legislação respeitando a ciência que tanto falam para a gente respeitar", inicia o vereador. Na sequência, Carlos Bolsonaro afirma que há um "tom delicado no inciso", que precisa ser levado adiante, respeitando a biologia do ser humano.
"Na autodeterminação você vê por aí gente que, inclusive, se autodenomina tigre, leão, jacaré, papagaio, periquito. Novamente repito, isso não é piada. Então, a partir do momento que você coloca, ignorando legislações superiores que caracterizam o sexo da pessoa como homem e mulher, X e Y, baseado na ciência, e você entra com uma característica de autodeterminação, fica algo muito vago", disse o filho do presidente Bolsonaro.
Os projetos que estavam sendo discutidos durante a sessão parlamentar eram de autoria do vereador Tarcísio Motta (PSOL) e outro do também vereador Carlo Caiado (DEM), mas não faziam alusão às pautas de gênero. Na realidade, a autodeterminação informativa diz respeito ao direito dos cidadãos terem controle sobre o uso dos seus dados pessoais.
Carlos Bolsonaro foi corrigido durante a sessão pelo procurador do estado Rodrigo Valadão, que era convidado da sessão.
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