Governo evita conflito sobre CPI da Covid em reunião de líderes
Em uma reunião de líderes do Senado tida como "protocolar", representantes ligados ao governo evitaram conflitos com relação à instalação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid, que acontecerá na próxima terça-feira (27).
Defensores do governo optaram pela cautela e planejam atuar durante o final de semana para tentar mudar os nomes indicados para as principais funções da comissão. Há uma pressão nos bastidores para que o nome do senador Renan Calheiros (MDB-AL) seja retirado da relatoria.
Os nomes para a composição da Mesa do colegiado ainda não foram empossados, mas já há a sugestão dos partidos. Caso o atual cenário seja mantido, ficará com a presidência o senador Omar Aziz (PSD-BA), a vice-presidência irá para o autor da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), e a relatoria será entregue ao congressista alagoano.
A escolha dos cargos da Mesa está previsto no regimento interno da Casa e se dá pela proporção partidária, mas a escolha dos membros do colegiado também é feita por acordos partidários.
A data para o início da CPI foi definida pelo senador Otto Alencar (PSD-BA) por ele ser o parlamentar mais velho dos 11 titulares definidos para a comissão que vai investigar ações e eventuais omissões do governo federal em meio à pandemia, além de fiscalizar recursos da União repassados a estados e municípios. O baiano também é o responsável por abrir os trabalhos.
Além dos 11 titulares, a CPI também contará com sete suplentes e está prevista para funcionar por 90 dias. No entanto, o prazo poderá ser prorrogado por até um ano.
Também ficou acordado na reunião desta quinta que cada líder poderá indicar três ou quatro projetos para serem discutidos no plenário da Casa na próxima semana. As proposições ainda não foram enviadas ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), responsável por organizar a pauta de votações.
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