Pacheco anuncia membros de CPI; lista é desfavorável a Bolsonaro
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), anunciou hoje os senadores que vão compor a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid. Ao todo, são 11 titulares e sete suplentes.
Os membros foram indicados pelos blocos parlamentares do Senado em articulações de lideranças partidárias e dos grupos que ocupam espaços de poder na Casa. A composição é, em tese, desfavorável aos interesses do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Nenhuma senadora foi escolhida para compor a CPI.
São os titulares:
Eduardo Braga (MDB-AM), Renan Calheiros (MDB-AL), Ciro Nogueira (PP-PI), Eduardo Girão (Podemos-CE), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Otto Alencar (PSD-BA), Omar Aziz (PSD-AM), Marcos Rogério (DEM-RO), Jorginho Mello (PL-SC), Humberto Costa (PT-PE), Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
São os suplentes:
Jader Barbalho (MDB-PA), Luis Carlos Heinze (PP-RS), Marcos do Val (Podemos-ES), Ângelo Coronel (PSD-BA), Zequinha Marinho (PSC-PA), Rogério Carvalho (PT-SE), Alessandro Vieira (Cidadania-SE).
O presidente e o relator da CPI ainda terão de ser escolhidos. A expectativa é que o membro mais velho da CPI comande a primeira reunião em que serão feitas as eleições para os postos.
Ainda não há data certa para esse encontro acontecer. Havia a expectativa de que ocorresse na próxima terça (20). No entanto, Pacheco já anunciou que haverá sessões do Congresso Nacional tanto na segunda (19) quanto na terça para a análise de vetos presidenciais.
A próxima quarta (21) é feriado - Tiradentes - e os senadores consideram pouco provável estar quinta (22) em Brasília. A tendência é que ao menos a primeira reunião da CPI seja presencial, pela dinâmica da eleição interna do colegiado. Dessa forma, há quem considere que a reunião inaugural da CPI aconteça somente em 27 de abril.
Integrante da CPI e autor original do requerimento pela criação da comissão, Randolfe Rodrigues defende que a sessão inaugural seja na quinta que vem para que os trabalhos comecem logo. Ele afirma ter conversado com Otto Alencar, hoje o senador mais velho da CPI, com 73 anos, e que este se mostrou disposto a viajar para Brasília para a primeira reunião. Para Randolfe, é "razoável" fazê-la na próxima quinta.
As articulações para a definição do presidente e do relator da CPI estão intensificadas. Há uma tradição de que o autor do requerimento que provocou a CPI seja escolhido o presidente, no caso, Randolfe, mas, por ser de oposição, o governo busca emplacar outros nomes. Uma possibilidade é que um senador do PSD fique com a função.
O MDB defende ficar com a relatoria por contar com a maior bancada no Senado. O líder do partido, Eduardo Braga, membro da CPI, também visa que o partido fique responsável pelo parecer pelo fato de a comissão apurar a crise sanitária no Amazonas, estado pelo qual foi eleito.
Membros da CPI aliados do governo
Apenas quatro vagas de titulares são ocupadas por aliados considerados mais "confiáveis" por parte da base de Bolsonaro: Ciro Nogueira, Jorginho Mello, Marcos Rogério e Eduardo Girão.
Cinco se dizem independentes, e dois integrantes da oposição completam a lista. A relação final será oficializada pelo Congresso a partir da publicação no Diário Oficial. Até lá, trocas podem ocorrer. O desenho, portanto, não é definitivo. Os parlamentes também podem negociar e realizar mudanças durante o desenvolvimento da CPI.
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