Sindicatos realizam live de 1º de maio pedindo vacina e auxílio de R$ 600
Centrais sindicais realizam hoje (1º) live em comemoração ao Dia do Trabalhador pedindo por vacinação contra covid-19 para todos os brasileiros e auxílio emergencial de R$ 600 até o fim da pandemia. Participam do evento os presidentes dos sindicatos, diversos partidos políticos e famosos como Chico Buarque e Elza Soares.
Durante a transmissão, os participantes convidados aparecem em vídeo pedindo pelo impeachment de Jair Bolsonaro (sem partido) e as outras demandas reivindicadas pelas centrais. Presidentes dos sindicatos participam do evento no estúdio. Apesar de entrarem com máscara, ao sentar todos eles tiraram o item.
Apesar da live focar em políticos, artistas e pautas defendidas pela esquerda brasileira, parlamentares do centro e centro-direita também foram convidados. Os presidentes do Cidadania, Paulinho da Força, e do MDB, Baleia Rossi, também proferiram falas no evento.
"O Brasil só tem prosperidade com os trabalhadores e trabalhadoras que sempre lutaram para colocar o Brasil nos trilhos. É o que importa no pós pandemia, é o Brasil voltar a se desenvolver", disse Rossi, que perdeu a presidência da Câmara dos Deputados, em fevereiro, para o preferido do Planalto, Arthur Lira (PP-AL).
Em sua primeira participação no evento, o líder da oposição na Câmara dos Deputados, Alessandro Molon (PSB-RJ), disse que é o momento de união. "Nos unirmos em torna da defesa dos direitos do trabalhador e trabalhadora brasileira, da sua dignidade, da sua vida, nos unirmos na luta por vacina e na luta para livrar o Brasil desse péssimo governo que tanto sofrimento tem trazido ao nosso povo", disse.
O presidente do PDT, Ciro Gomes, também participou da live e em sua fala alfinetou Jair Bolsonaro e culpabilizou o governo petista pela eleição do então presidente. "Não podemos nos enganar, chegamos ao ponto que chegamos porque os sucessivos fracassos de modelo econômicos, modelos políticos e práticas morais nos levaram a essa tragédia odienta chamada bolsonarismo", criticou.
Personagens da eleição presidencial que declararam inimizade com Bolsonaro e discordância com a condução do governo na pandemia também fizeram fala no evento. A candidata a vice-presidente do indicado do PT, Fernando Haddad (PT-SP), Manuela D'Avila (PCdoB-RS), defendeu o impeachment de Bolsonaro.
"Foi a luta dos trabalhadores que garantiu o auxílio emergencial no ano passado, foi com luta que garantimos que os estados pudessem adotar a produção de vacinas apesar da ausência total de vontade do governo federal", disse D'Àvila.
Na mesma linha, também defendeu o ex-presidenciável Guilherme Boulos (Psol-SP): "Foi o desgoverno do Bolsonaro que não salvou nem vidas nem empregos. Um desgoverno que investiu em um negacionismo genocida", disse.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmando que os eventos das centrais são fundamentais e que "toda vida" procurou prestigiar. "É fundamental hoje pensar nos trabalhadores, porque há muito desemprego no Brasil", disse. "A questão fundamental no Brasil hoje é reabertura da economia de modo tal que ela possa permitir que tenhamos trabalho e renda para nossas famílias e depois a educação", pontuou.
Capitais têm atos a favor de Bolsonaro
Enquanto isso, em diferentes capitais do país também acontecem manifestações a favor das demandas do governo bolsonaro. Em São Paulo, por exemplo, centenas de pessoas se aglomeraram em frente à Fiesp, na avenida Paulista, para gritar em apoio ao presidente, pedir intervenção militar e xingar o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).
Em Brasília, cerca de 5 mil pessoas ocuparam o gramado do Congresso Nacional vestindo verde e amarelo, de acordo com deputados aliados ao governo. O presidente Jair Bolsonaro chegou a usar um helicóptero para sobrevoar o local.
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