Covas vai para UTI após sangramento no estômago e é intubado
O prefeito licenciado de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), teve que ser internado hoje na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista, após apresentar um sangramento no estômago. A informação foi confirmada ao UOL pelo infectologista David Uip, médico pessoal de Covas e que acompanha o tratamento dele contra o câncer.
No fim de semana, o prefeito passou mal —teve náuseas e vômitos— e foi ao hospital fazer exames, que apontaram uma lesão com sangramento na região da cárdia, que liga o esôfago ao estômago, onde o prefeito descobriu o primeiro tumor, em 2019.
Segundo comunicado oficial da Prefeitura de São Paulo, Covas está intubado e "recebendo as medidas adequadas de suporte clínico".
Os médicos ainda não deram previsão de alta e as sessões de quimioterapia e imunoterapia, por enquanto, estão suspensas até a recuperação do prefeito. O sangramento abdominal está sob controle.
Ontem, o tucano anunciou uma licença do cargo por 30 dias, para se dedicar ao seu tratamento. A orientação para a licença foi feita pela equipe médica do Hospital Sírio-Libanês, que acompanha Covas.
O pedido de afastamento deve ser oficializado hoje à Câmara Municipal. O vice-prefeito Ricardo Nunes (MDB) vai assumir a gestão nesse período.
O câncer
Desde o começo de abril, a luta do prefeito contra o câncer tem ficado cada vez mais dura. Ele recebeu alta na semana passada depois de ficar internado duas semanas para tratar novos focos da doença no fígado e nos ossos. Além disso, Covas teve de drenar líquidos acumulados na região do seu abdômen e pulmão.
Fora os três procedimentos, o prefeito ainda realizou, durante todas madrugadas até ontem, uma alimentação suplementar via cateter, para manter o corpo com nutrientes e dentro do peso ideal.
Ele foi diagnosticado em outubro de 2019 com um câncer na cárdia. Exames recentes indicaram que o tumor estava em metástase —foram encontrados novos pontos da doença no fígado e nos ossos.
No ano passado, o prefeito concluiu quatro meses de quimioterapia e teve queda de cabelo e barba, além de resultar na perda de alguns quilos. Mas havia sido o suficiente para frear a doença. Desde então, manteve apenas o tratamento de imunoterapia.
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