'Repara erro', diz governador Carlos Moisés após absolvição de impeachment
O governador de Santa Catarina, Carlos Moisés (sem partido), disse que a absolvição no segundo processo de impeachment "repara um erro". A declaração foi dada na conta oficial do político no Twitter, horas após a votação, iniciada na manhã de hoje e encerrada depois de pouco mais de cinco horas de sessão.
A votação do Tribunal Especial de Julgamento terminou no começo da tarde com um placar de 6 a 4 a favor do afastamento. Porém, para ser condenado, eram necessários pelo menos sete votos a favor entre os dez julgadores.
"A decisão do Tribunal Especial Misto pela absolvição repara um erro e põe um ponto final às tentativas de atribuir falsamente a mim a prática de atos ilegais. Não guardo ressentimentos. Quando decidi assumir a missão, tinha ciência do que enfrentaria", disse o político.
Na sequência, Moisés agradeceu os quatro políticos que votaram contra a condenação e observou que agora foi "restabelecida a verdade".
"O foco agora deve estar no que verdadeiramente importa, que é trabalhar pelo bem de Santa Catarina e sua gente, a quem todas as forças políticas têm o dever de servir", finalizou.
Com a decisão, Moisés já reassume o cargo e Daniela Reinehr (PSL) volta a ser a vice-governadora. Além disso, o processo é arquivado.
O Tribunal Especial de Julgamento é formado por cinco deputados e cinco desembargadores. Todos os magistrados e um parlamentar votaram a favor do impeachment. Outros quatro políticos, contra. Veja mais abaixo como foram os votos.
Moisés era julgado pela prática de crime de responsabilidade na compra fraudulenta dos 200 respiradores artificiais junto à empresa Veigamed, em abril do ano passado. Na época houve pagamento antecipado de R$ 33 milhões. Os equipamentos nunca foram entregues ao estado e apenas parte do dinheiro foi recuperado. Ele sempre negou as acusações.
Em novembro do ano passado, o político foi absolvido em outro processo de impeachment. Na época, o governador era julgado por ter cometido crime de responsabilidade ao aprovar a equiparação do salário dos procuradores do estado ao dos procuradores da Assembleia Legislativa.
Na época, Moisés foi absolvido após 6 votos favores e 3 contrários à condenação. Houve uma abstenção —para que o afastamento ocorresse eram necessários ao menos 7 votos.
Como foram os votos
- Desembargadora Sônia Maria Schmidt: a favor
- Deputado estadual Marcos Vieira (PSDB): contra
- Desembargador Roberto Lucas Pacheco: a favor
- Deputado estadual José Milton Scheffer (PP): contra
- Desembargador Luiz Zanelato: a favor
- Deputado estadual Valdir Cobalchini (MDB): contra
- Desembargadora Rosane Portela Wolff: a favor
- Deputado Fabiano da Luz (PT): contra
- Desembargador Luiz Antônio Fornerolli: a favor
- Deputado estadual Laércio Schuster (PSB): a favor
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