Maia vê Bolsonaro 'desequilibrado' e lamenta não ter votos para impeachment
O ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (DEM-RJ) afirmou hoje que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) está "completamente desequilibrado", após o chefe do Executivo Federal atacar o senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid e chamar o político alagoano de "vagabundo".
Maia também respondeu a uma pergunta de um internauta sobre ele não ter pautado o processo de impeachment contra Bolsonaro, quando presidia a Câmara: "Infelizmente, não tínhamos votos para o impeachment (342 deputados), como ainda não temos".
Na outra crítica, Maia fez referência à divulgação da nova pesquisa do Datafolha com as intenções de voto para 2022 que mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) liderando com 41% no primeiro turno contra 23% de Bolsonaro. Ainda segundo a pesquisa, o petista venceria o atual presidente em um eventual segundo turno com 55% das intenções de voto contra 32%.
"Bolsonaro completamente desequilibrado em Alagoas. Faz sentido, a pesquisa do Datafolha divulgada ontem mostra uma chance enorme dele não conseguir chegar ao segundo turno", escreveu Maia em seu perfil no Twitter.
Aliados criticam família Calheiros
Por meio das redes sociais, a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), rebateu o governador alagoano Renan Filho, pediu para ele ficar "tranquilo" e afirmou que "tem até vagabundo te protegendo".
Deputado federal e filho do presidente, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) também repercutiu uma hashtag ofensiva chamando Renan Calheiros de "vagabundo", e escreveu que "virar meme é coisa do passado" e que o "negócio agora é virar camisa", em alusão a uma camiseta com críticas ao político alagoano.
Já o vice-líder do governo na Câmara, José Medeiros (Podemos-MT), disse que "as pessoas têm dificuldade de compreender" que "Renan é um leão no quintal, bem alimentado guarda a casa, com fome morde o dono".
Governador de Alagoas e filho do senador, Renan Filho (MDB) também respondeu aos ataques de Bolsonaro, a quem acusou de estar em "desespero" por conta da CPI. Ele ainda citou o aumento da rejeição ao presidente, indicado em pesquisa Datafolha divulgada ontem, e disse que Bolsonaro não respeita as instituições democráticas.
"Por aqui, presidente, responderemos a esse tipo de violência com gestão resolutiva, obras com recursos próprios, contas organizadas, priorizando salvar vidas na pandemia e colocando sempre o povo acima dos interesses políticos. Vale informar ao Brasil: Alagoas resistiu", escreveu o governador em seu perfil no Facebook.
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