Ernesto Araújo foi 'bússola' que direcionou país ao 'caos', diz Kátia Abreu
A senadora Kátia Abreu (PP-TO) criticou a atuação do ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo no comando da pasta e afirmou que ele foi uma "bússola" que direcionou o país para o "caos".
As declarações foram dadas durante participação da senadora na CPI da Covid no início da tarde de hoje. Abreu, que não é membro da comissão, fez seu discurso representando a bancada feminina.
O senhor é um negacionista compulsivo, omisso. O senhor no MRE [Ministério das Relações Exteriores] foi uma bússola que nos direcionou para o caos, para um iceberg, para um naufrágio, bússola que nos levou para o naufrágio da política internacional, da política externa brasileira. Foi isso o que o senhor fez
Kátia Abreu (PP-TO)
A senadora afirmou ainda que diplomatas e representantes de outros governos ficaram aliviados quando Araújo deixou o Itamaraty.
A senadora, que já havia estourado os 15 minutos de sua fala, chegou a ser interrompida pelo senador Eduardo Girão (Podemos-CE), representante da tropa de choque do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na CPI, mas retomou o discurso e ainda provocou o colega.
"O senhor está gostando da minha fala?", disse Kátia.
A parlamentar ainda pediu que todas as correspondências entre o Ministério das Relações Exteriores e as demais pastas, relacionadas a vacinas, cloroquina e à pandemia, fossem disponibilizadas aos membros da CPI.
O vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que colocará o pedido da senadora para votação na CPI.
"Colocou Brasil como pária"
A senadora Kátia Abreu disse que o ex-ministro Ernesto Araújo colocou o Brasil não apenas em um lugar de "pária", como em posição de "irrelevância". A parlamentar acredita que durante a gestão do ex-chanceler e do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) o país atravessou "o maior vexame".
Abreu citou como exemplo a reunião que ocorreu nos EUA, em 22 de abril, quando Bolsonaro foi deixado sozinho pelo presidente Joe Biden.
Presidente da República americano levanta-se da cadeira e deixa o Presidente do Brasil falando sozinho! Aquela mensagem, se o senhor não conseguiu ler, disse para o mundo: "Eu não tenho nada para ouvir do Brasil". Não tem justificativa para aquela levantada de cadeira, a não ser a insignificância com que o senhor trabalhou para colocar o Brasil nessa posição!
Kátia Abreu (PP-TO)
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