CPI da Covid: Randolfe pede que PF investigue ameaças contra senadores
O vice-presidente da CPI da Covid, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) revelou hoje que o colegiado tem recebido ameaças em suas "comunicações pessoas". Durante a abertura da audiência na qual o ex-chanceler Ernesto Araújo presta depoimento, nesta manhã, ele pediu que o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), encaminhe a denúncia para a Polícia Federal.
De acordo com a perspectiva do parlamentar, trata-se de uma ação coordenada contra os parlamentares que compõem a CPI. Ele não disse, por outro lado, se há alguma suspeita quanto à autoria dos fatos.
Gostaria de oficializar ao senhor, presidente, que encaminhe para a Policia Federal o conjunto de ameaças que os membros dessa CPI tem recebido para as providências devidas nos encaminhamentos da lei
Randolfe Rodrigues (Rede-AP)
Randolfe citou a Lei Nº 1.579, de 18 de março de 1952, que define como crime a tentativa de impedir, mediante violência, ameaça ou assuadas, o regular funcionamento de Comissão Parlamentar de Inquérito, ou o livre exercício das atribuições de qualquer dos seus membros.
Uma das mensagens avisa que um número está sendo espalhado em grupos bolsonaristas como se fosse do senador Randolfe com o estímulo para que pessoas façam ameaças, segundo print divulgado pela assessoria do senador.
Omar Aziz declarou que ainda hoje o pedido de investigação será encaminhado para a PF.
Isso ai virou uma rotina. Mas é papel nosso continuar trabalhando aqui
Omar Aziz (PSD-AM)
CPI ouve Ernesto Araújo
A Comissão Parlamentar de Inquérito ouve hoje o ex-ministro de Relações Exteriores Ernesto Araújo. A presença dele diante da CPI será para esclarecer os encaminhamentos dados pelo Itamaraty durante a sua gestão para combater o avanço da pandemia.
A fala do ex-chanceler é uma das peças estratégias para a oposição do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Os parlamentares tentam reunir evidências de que caberia atribuição de culpa ao presidente, por ação ou omissão, diante do agravamento da crise sanitária.
Araújo fez críticas à China ao longo da pandemia, ainda que o Brasil dependesse de um bom relacionamento com o país para serem enviados os insumos para a produção de vacinas.
Mesmo após alertas sobre o risco do uso indevido de cloroquina — medicamento sem eficácia comprovada — contra a covid-19, Araújo mobilizou o Itamaraty para garantir o fornecimento da medicação ao país, conforme mostra uma reportagem da Folha de São Paulo.
* Com a colaboração de Ana Carla Bermúdez
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