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Após deixar PDT, Tabata Amaral diz que quer reeleição em 2022

Do UOL, em São Paulo

26/05/2021 13h06Atualizada em 26/05/2021 13h48

A deputada federal Tabata Amaral (SP) afirmou hoje que buscará a reeleição em 2022 um dia após deixar o PDT. Ao UOL News, ela diz que mantém conversas com diferentes partidos para uma nova filiação.

"Pretendo disputar a reeleição. Tenho preocupação de que nossa democracia está em jogo. Acho muito perigoso assumir que [o presidente Jair] Bolsonaro já está fora do 2º turno ou que está tudo bem com a nossa democracia", disse ela. "Essa eleição vai ser muito importante para dizer se o nosso voto coletivo é com a democracia ou contra".

Tabata deixou ontem o PDT após o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) decidir que a deputada poderia sair do partido sem perder o mandato em processo que durou 19 meses.

Em 2019, Tabata e outros sete integrantes do partido foram alvos de processo administrativo na Comissão de Ética por infidelidade partidária. Todos contrariaram orientação da legenda e votaram a favor da reforma da Previdência. Ao TSE, Tabata alegou ter sido alvo de 'massacre' e 'fake news' promovidos pela cúpula do PDT, que estaria agindo para vê-la 'sangrar' até pedir a desfiliação.

"Consegui o direito de me desfiliar do PDT depois de quase 2 anos de perseguição, ofensas, xingamentos e incoerências no processo decisório do partido", disse. "No meu entendimento, a decisão aponta que esse caminho vale a pena. Acredito na construção baseada no diálogo e evidências, não na venda da consciência dos parlamentares".

Tabata diz que ainda não escolheu um novo partido. "Eu realmente aguardei a decisão de ontem para iniciar conversas com partidos sobre minha futura filiação. Até o momento discuti com, praticamente, todo mundo que vem falando sobre o Brasil focado em 2022", afirmou.

Ela ainda afirma que conversará com todos os partidos que estiverem abertos. "O que vai me guiar são duas coisas: a convergência de valores, defesa da educação, combate a desigualdade, direitos das mulheres, que são inegociáveis para mim, e, ao mesmo tempo, olhar para 2022. Que partido vai me permitir defender um projeto viável para o nosso país?".

Vou fazer tudo o que puder, colocando posicionamentos pessoais de lado, para que possamos fazer um enfrentamento democrático e amplo ao governo Bolsonaro e a tudo que ele representa."
Tabata Amaral, deputada federal