Jornal: CPI tem documentos que contradizem Pazuello sobre falta de oxigênio
A CPI da Covid recebeu documentos que contradizem o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuelllo sobre a crise de oxigênio em Manaus (AM), de acordo com o jornal O Globo. Ao prestar depoimento na comissão do Senado, o general do Exército disse que só foi informado sobre a falta de abastecimento na capital amazonense no dia 10 de janeiro.
O secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus José Barroso Campêlo, apresentou outra versão em depoimento que prestou na Polícia Federal, encaminhado à CPI, segundo a reportagem.
À PF, Campêlo disse que assim que foi alertado sobre problemas de natureza logística pela White Martins, maior fornecedora de cilindros de oxigênio na região, "fez contato telefônico com o ministro da Saúde", no dia 7.
Na ligação, o secretário solicitou apoio logístico para a realização do transporte de oxigênio de Belém, no Pará, para Manaus.
A reportagem traz também trechos de um depoimento que Campêlo prestou à Procuradoria da República do Amazonas, que também foi enviado à CPI, em que reforçou que ligou para Pazuello por volta das 20h do dia 7.
Na ocasião, O secretário de saúde do Amazonas disse que Pazuello o orientou a pedir para o governador Wilson Lima (PSC) ligar para ele para fazer o pedido.
Campêlo afirmou ainda que às 23h45 do dia 7 enviou um e-mail com ofício ao Comando Militar da Amazônia, reforçando a necessidade de abastecimento de oxigênio no estado e a informação da White Martins de que havia o produto em Belém.
Capitã Cloroquina também apontou contradição
Pazuello já havia sido desmentido na própria CPI em relação à data em que foi avisado sobre a crise no abastecimento de oxigênio em Manaus. Ao depor na comissão, Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, conhecida como Capitã Cloroquina, disse que Pazuello foi alertado sobre o problema no dia 8.
"Eu estive em Manaus até o dia 5. Eu voltei, o ministro teve conhecimento do desabastecimento de oxigênio em Manaus creio que no dia 8, e ele me perguntou: 'Mayra, por que você não relatou nenhum problema de escassez de oxigênio?'", disse a secretária, quando esteve na comissão.
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