Perfil removido pelo Facebook foi acessado da casa de Bolsonaro, diz jornal
Uma das contas falsas derrubadas pelo Facebook em junho do ano passado foi acessada da casa da família do presidente Jair Bolsonaro, no Rio de Janeiro, e de dentro do Palácio do Planalto, segundo reportagem publicada hoje pelo jornal O Estado de S.Paulo.
As informações constam em um relatório da PF (Polícia Federal) feito durante as investigações do chamado inquérito dos atos antidemocráticos, aberto em abril do ano passado.
A PF analisou 80 contas consideradas inautênticas, com postagens que defendiam a volta da ditadura militar, a organização de atos antidemocráticos e ataques a instituições. A investigação usou como base um relatório produzido pela Atlantic Council, organização que analisa perfis desse tipo.
Segundo o relatório obtido pelo O Estado de S.Paulo, pela localização dos IPs dos computadores, foi concluído que ao menos 1.045 acessos aos perfis inautênticos partiram de órgãos públicos, incluindo a Câmara, o Senado, o Exército e os endereços ligados ao presidente.
A PF identificou que uma conta chamada "Bolsonaro News" no Instagram foi acessada mais de cem vezes do Palácio do Planalto entre novembro de 2018 e maio de 2019. Já na casa de Bolsonaro no Rio, os acessos foram feitos em novembro de 2018. Segundo a Atlantic Council, a página usa memes para atacar ex-aliados do governo.
O perfil pessoal no Facebook de Tércio Arnaud Thomaz, assessor do presidente, também foi acessado. O relatório da organização aponta que muitas postagens foram feitas durante o horário de trabalho, o que pode indicar que Arnaud era o responsável.
À PF, o Facebook afirmou que derrubou essas e outras contas por "operações executadas por um governo para atingir seus próprios cidadãos". "Isso pode ser particularmente preocupante quando combinam técnicas enganosas com o poder de um Estado", disse a empresa.
O jornal O Estado de S.Paulo entrou em contato com a Secretaria de Governo da Presidência, com o gabinete de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e com o Exército, mas não houve manifestação até a publicação da reportagem.
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