Senador Alessandro Vieira anuncia desfiliação do Cidadania
O senador Alessandro Vieira (SE) anunciou hoje sua desfiliação do Cidadania. A decisão veio após o partido desistir de uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal) contra o "tratoraço" - suposto orçamento paralelo do governo Bolsonaro.
"Evidentemente respeito a decisão, mas discordo frontalmente. Um partido decidir não impetrar uma ação é natural. Desistir de uma ação perante o Supremo, na minha opinião, não é natural", disse em nota o senador, que é suplente da CPI da Covid,.
O senador - que foi o responsável pelo desenvolvimento do pedido - afirmou que o caso é um "escândalo de dimensão nacional" e que tem "como princípio de vida a coerência e uma seriedade extrema no trato da coisa pública", o que, segundo ele, "inviabiliza a minha concordância com essa situação". Alessandro Vieira não informou qual será seu novo partido.
O presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, afirmou que o partido desistiu da ação contra o "tratoraço" a pedido dos próprios parlamentares, que votaram a favor do orçamento. Segundo ele, Vieira está "em contradição" com a bancada.
"Tem que perguntar para ele se [o motivo do pedido de desfiliação] é só por causa disso. Se for por isso, eu lamento, porque ele [Alessandro Vieira] está em contradição com a bancada", disse Freire.
Segundo o presidente da sigla, a ação tinha sido protocolada no STF sem anuência dos deputados e senadores, o que levou ao recuo.
"O partido apresentou [o processo ao Supremo], mas um setor importante do partido pediu para desistir. E eu, para evitar o confronto, acompanhei essa decisão", justificou.
Além do Cidadania, o PSB também abriu mão do pedido, feito poucos dias antes, para que o Supremo mandasse paralisar os pagamentos das emendas parlamentares sob a rubrica RP 09. De acordo com as suspeitas, elas teriam burlado a lei para atender a parlamentares da base governista.
* Colaborou Rafael Neves, do UOL, em Brasília
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