Kennedy Alencar: 'Queiroga se comporta como fantoche do presidente'
Diante da declaração do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre a possibilidade de Queiroga desobrigar o uso de máscaras aos vacinados e recuperados da covid-19, o colunista do UOL Kennedy Alencar declarou que o ministro da Saúde tem atuado como "fantoche" do presidente.
Em entrevista na edição da noite do UOL News, o colunista declarou que o presidente Bolsonaro adota uma postura "descaramente mentirosa" e que age dessa forma com a consensualidade do STF (Supremo Tribunal Federal).
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A gente viu um discurso do presidente, em que ele mente descaradamente, novamente, usa fake news como arma política e as instituições não reagem. Supremo está deixando barco correr solto perto das 500 mil mortes
Kennedy Alencar
O colunista acredita que Bolsonaro pretende ter uma saída do poder "à la Trump", em referência ao ex-presidente dos Estados Unidos.
Alencar disse que Bolsonaro sabe que poderá fracassar na corrida eleitoral para ocupar o cargo de Presidente da República pela segunda vez e por isso mente sobre a credibilidade do processo de votação.
Bolsonaro está adotando uma retórica golpista. Em algum momento ele vai tentar dar um golpe na democracia. A sociedade brasileira é complexa e consegue lidar coma ameaça. Mas Bolsonaro tem projeto de destruição institucional quando ele mente
Kennedy Alencar
Bolsonaro anuncia parecer que desobriga uso de máscara
O presidente Jair Bolsonaro disse que conversou com Queiroga para desobrigar o uso de máscara por quem já tiver recebido os imunizantes contra a covid-19 ou que contraíram a doença, mas se recuperaram.
Na leitura do chefe do Executivo nacional, a estratégia seria uma forma de "tirar o símbolo que obviamente tem utilidade para quem está infectado".
Acabei de conversar com um tal de Queiroga, não sei se vocês sabem quem é, e ele vai ultimar um parecer visando a desobrigar o uso de máscara por parte daqueles que foram vacinados ou que já foram contaminados
Jair Bolsonaro
Mesmo com as investidas da CPI da Covid em entender as ações e omissões do governo federal para enfrentar a crise sanitária, o presidente mostra que deseja ir na contramão das recomendações internacionais.
Até o momento, Bolsonaro segue orientando o uso de medicamentos sem eficácia comprovada para combater os sintomas da doença, como a ivermectina e a cloroquina.
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