Topo

Esse conteúdo é antigo

Bolsonaro: Forças Armadas poderão ir às ruas para 'garantir liberdade'

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) declarou na tarde de hoje que as Forças Armadas poderão ir às ruas "garantir liberdades" - Dida Sampaio/Estadão Conteúdo
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) declarou na tarde de hoje que as Forças Armadas poderão ir às ruas 'garantir liberdades' Imagem: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

11/06/2021 15h14Atualizada em 11/06/2021 15h32

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a dizer hoje, em um evento de entrega de residências do programa Casa Verde Amarela, realizado no Espírito Santo, que é o chefe das Forças Armadas. Na sequência, o chefe do Executivo nacional alegou que elas poderão ir às ruas para "garantir a liberdade" do povo.

A fala do presidente rebate o uso do Exército para manter em vigor medidas de restrição adotadas por alguns estados para conter o avanço da pandemia da covid-19.

Da minha parte, nada que viola esses dispositivos [do Artigo 5º da Constituição], foi assinado pela minha caneta Bic. Não fechei comercio, não tirei ganha-pão de ninguém. Tenho as forças armadas ao meu lado. Jamais elas irão às ruas para mantê-los em casa. Elas poderão, sim, ir às ruas, para garantir a liberdade e seu bem maior
Jair Bolsonaro

O presidente chegou a entrar com mais uma ação no STF (Supremo Tribunal) para tentar rever o poder de Estados e municípios de adotar medidas para combate à covid-19, mas a ação ainda não foi julgada.

Durante o evento, Bolsonaro disse ainda que se sente "útil" como presidente do país e, mais uma vez, voltou a se definir como "imbroxável, imorrível e incomível".

Repetindo os temas de família e cristianismo em seu discurso, ele pediu para que os apoiadores fizessem uma comparação do seu governo com as gestões anteriores, alegando melhoras na condução do país.

Porém, de acordo com estudiosos ouvidos pelo UOL, o Brasil já amarga índices negativos suficientes para retornar ao próximo Mapa da Fome da ONU (Organização das Nações Unidas), lista do qual o país saiu no ano de 2014, durante a gestão da então presidenta Dilma Russeff (PT).