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CPI da Covid ouve médicos pró-kit covid e vota convocação de Cláudio Castro

14.jun.2021 - O governador do Rio, Cláudio Castro (PL) - Wallace Silva/FotoArena/Estadão Conteúdo
14.jun.2021 - O governador do Rio, Cláudio Castro (PL) Imagem: Wallace Silva/FotoArena/Estadão Conteúdo

Luciana Amaral

Do UOL, em Brasília

18/06/2021 04h00Atualizada em 18/06/2021 06h43

A CPI da Covid ouve hoje, a partir da 9h, dois médicos a favor do chamado "kit covid", composto por remédios que não têm eficácia científica comprovada no combate do novo coronavírus, como hidroxicloroquina e ivermectina.

Os médicos convidados são Francisco Eduardo Cardoso Alves e Ricardo Ariel Zimerman. Na sexta-feira passada (11), a Comissão Parlamentar de Inquérito ouviu o médico sanitarista Claudio Maierovitch e a microbiologista Natalia Pasternak, contra o "kit covid" e a favor do uso de máscaras e de medidas de distanciamento social.

A ideia da CPI é receber no Senado especialistas que divergem sobre esses temas, especialmente após pressão de senadores aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), defensor da cloroquina, medicamento comprovadamente ineficaz contra a covid-19.

A CPI também prevê votar uma série de requerimentos, incluindo a convocação do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), aliado de Bolsonaro, e a realização de uma sessão reservada para ouvir novamente o ex-governador do estado, Wilson Witzel.

Na quarta (16), Witzel disse aos senadores ter um "fato gravíssimo a revelar" relacionado a possíveis intervenções do governo federal em sua administração, mas só poderia dizê-lo em uma sessão em segredo de Justiça.

A CPI deve votar ainda a convocação do secretário estadual de Saúde do Rio, Alexandre Chieppe, e quebras de sigilo bancário, fiscal, telefônico e telemático de instituições que podem estar envolvidas em supostos esquemas de corrupção.

A CPI da Covid foi criada no Senado após determinação do Supremo. A comissão, formada por 11 senadores (maioria era independente ou de oposição), investigou ações e omissões do governo Bolsonaro na pandemia do coronavírus e repasses federais a estados e municípios. Teve duração de seis meses. Seu relatório final foi enviado ao Ministério Público para eventuais criminalizações.