Witzel diz ter 'fato gravíssimo' a revelar, e Randolfe quer fala reservada
O ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel disse hoje, durante depoimento na CPI da Covid, que tem um "fato gravíssimo a revelar" relacionado a possíveis intervenções do governo federal em sua administração, mas só poderia dizer em uma sessão em segredo de Justiça.
A fala ocorreu quando Witzel respondia às perguntas do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI. Ao fim do questionamento, Randolfe disse que vai requerer um depoimento reservado do ex-governador.
"Só comunicando que estou requerendo o depoimento em reservado do Witzel, acho que ele tem informações complementares que poderá prestar à CPI", disse Randolfe.
Witzel disse ter um "fato gravíssimo" a revelar quando Randolfe Rodrigues fez a seguinte pergunta:
"O senhor disse que ocorreram intervenções indevidas do governo federal no Rio, uma delas a mudança no comando da PF (Polícia Federal). Você confirma isso e lhe pergunto: além destas mudanças, ocorreu algum outro tipo de pressão direta para que ocorresse alterações na estrutura do governo dirigido por vossa excelência?", questionou Randolfe.
Witzel respondeu na sequência, dizendo que só poderia falar em segredo de justiça.
Há um fato que eu vou manter sigilo, se houver sessão em segredo de Justiça eu vou revelar. Um fato gravíssimo que vou revelar numa sessão que for em segredo da Justiça
Wilson Witzel, ex-governador do Rio de Janeiro
Na sequência, interpelado por Randolfe, Witzel confirmou que este fato envolveria intervenção no governo estadual. Mas não deu mais detalhes.
O depoimento de Wilson Witzel foi interrompido minutos mais tarde, quando o ex-governador usou o habeas-corpus quando foi questionado sobre um possível superfaturamento na compra de respiradores para o estado durante a pandemia do coronavírus.. No Twitter, Randolfe Rodrigues reafirmou que pedirá a presença do ex-governador novamente.
A CPI da Covid foi criada no Senado após determinação do Supremo. A comissão, formada por 11 senadores (maioria era independente ou de oposição), investigou ações e omissões do governo Bolsonaro na pandemia do coronavírus e repasses federais a estados e municípios. Teve duração de seis meses. Seu relatório final foi enviado ao Ministério Público para eventuais criminalizações.
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