PF tenta condução coercitiva de Wizard em SP, mas empresário está nos EUA
A PF (Polícia Federal) tentou ontem executar a condução coercitiva do empresário Carlos Wizard para depor à CPI da Covid, apontam documentos obtidos pelo UOL. Segundo relatório do órgão, os agentes descobriram, então, que o bilionário fundador de uma rede de escolas de inglês foi para a Cidade do México, no México, em 30 de março e não retornou mais ao Brasil.
A defesa do empresário informou que Wizard passou pelo México para fazer a quarentena obrigatória antes de entrar nos Estados Unidos, por causa da pandemia do novo coronavírus, e atualmente se encontra naquele país.
O empresário é investigado pela comissão parlamentar de inquérito por suspeita de integrar um gabinete paralelo que priorizou medidas não científicas no combate à pandemia, em dissonância com a OMS (Organização Mundial da Saúde), e desprezou a priorização de compra de vacinas.
Wizard informou à CPI que está fora do país e que, por isso, pediu para ser ouvido virtualmente, o que foi negado pelo colegiado. O presidente da comissão, Omar Aziz (PSD), então, determinou a condução coercitiva do empresário.
No relatório sobre a ação, a PF informa que ninguém atendeu no endereço de Wizard, em Campinas, no interior de São Paulo. Os agentes verificaram que a última movimentarão dele foi a saída do Brasil, no dia 30 de março deste ano, às 8h33, pelo Aeroporto Internacional de Guarulhos em um voo com destino à Cidade do México.
De acordo com a PF, não consta movimento migratório de retorno. "Motivo pelo qual as informações obtidas nos locais objeto de diligência são verossímeis", aponta.
O depoimento do bilionário estava marcado para ontem. Antes disso, o empresário havia conseguido um habeas corpus no STF (Supremo Tribunal Federal) para permanecesse em silêncio durante o depoimento.
Três dias antes da data do depoimento, a defesa de Wizard informou que o empresário foi aos Estados Unidos para acompanhar o tratamento médico de um familiar e pediu para ser ouvido por videoconferência.
Ele foi um dos alvos da decisão da CPI de quebrar sigilos bancário, telefônico e telemático. Os senadores da comissão cogitam também quebrar o sigilo das empresas de Wizard.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.