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Marco Aurélio sugere que Bolsonaro reexamine 'postura negacionista'

Ministro do STF Marco Aurélio Mello, aconselhou um reexame dos posicionamentos negacionistas pelo presidente Bolsonaro - Felipe Sampaio/STF
Ministro do STF Marco Aurélio Mello, aconselhou um reexame dos posicionamentos negacionistas pelo presidente Bolsonaro Imagem: Felipe Sampaio/STF

Do UOL, em São Paulo

20/06/2021 13h19Atualizada em 20/06/2021 13h31

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio sugeriu que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) reexaminasse sua postua negacionista diante da pandemia que de uma doença que matou mais de meio milhão de pessoas no país.

Ao ser questionado se o presidente é o responsável direto pelo avanço da pandemia, Marco Aurélio, no entanto, disse que não tem Bolsonaro como réu. O magistrado do STF disse que cabe à CPI da Covid, que analisa de quem foram as ações e omissões geridas no governo federal, determinar quem deve ser investigado. As declarações do ministro foram ditas em entrevista à Crusoé.

Evidentemente, ele [Bolsonaro] deve fazer um reexame quanto à postura inicialmente adotada, negacionista quanto aos nefastos efeitos da pandemia. Ele chegou mesmo a dizer que seria uma gripezinha, né? E com isso eu creio que de alguma forma a população baixou a guarda e chegamos a praticamente 500 mil mortos. É algo inconcebível
Marco Aurélio

Sobre a postura de ministros do Supremo que atuam próximos da política, Marco Aurélio Mello disse que toda vez que um integrante do Judiciário é fustigado pela população, ele precisa rever os atos que vem praticando.

Alguma coisa não anda bem para ele ser fustigado pela população. Que percebam o juízo que a população tem sobre o desempenho e busquem proceder dentro do figurino constitucional e legal. Agora, repito: a melhor coisa em termos de dias melhores para a República é a publicidade
Marco Aurélio

Aposentadoria adiada

O decano do STF, Marco Aurélio Mello, informou na última sexta-feira (18) ao presidente da corte, Luiz Fux, que decidiu permanecer no cargo até a data limite para se aposentar compulsoriamente, em 12 de julho, dia em que vai completar 75 anos.

O ministro havia informado que iria se aposentar em 5 de julho, mas mudou os planos estendendo o prazo em mais uma semana.

"Em vez de antecipar, em poucos dias, a aposentadoria, aguardarei, em mais uma demonstração de apego ao ofício de servir, como julgador, aos semelhantes, a data-limite de permanência no cargo", afirmou o ministro Marco Aurélio em ofício remetido ao presidente do STF divulgado nesta sexta-feira.