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Bezerra critica Miranda: 'Faz joguinho com eventual gravação do Bolsonaro'

Senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), líder do governo no Senado - Jefferson Rudy/Agência Senado
Senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), líder do governo no Senado Imagem: Jefferson Rudy/Agência Senado

Do UOL, em São Paulo

28/06/2021 20h23

O senador Fernando Bezerra (MDB-PE), líder do Governo no Congresso, criticou o deputado Luís Miranda (DEM-DF) por, segundo ele, estar fazendo "joguinho" com uma "eventual gravação" do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Miranda afirmou ter como provar que revelou ao presidente as suspeitas do irmão, Luís Ricardo, de irregularidades na compra da vacina Covaxin - mas não disse como, fato que levantou suspeitas sobre um possível áudio da reunião.

"É importante lembrar que o parlamentar cometeu um crime de gravar o presidente, e as circunstâncias devem ser averiguadas. Se ele gravou, a pergunta é: por que não apresentou à CPI? Ele deveria trazer 'à baila' [à tona]. Mas ficou aquele joguinho de ficar escondendo quem foi o parlamentar que o presidente se referiu. Só no final, de forma repentina ele se recuperou do lapso de memória", disse, em entrevista à GloboNews.

"Ele deveria ter tido uma atitude mais séria, e não ficar fazendo joguinhos. Ele está fazendo joguinho com uma eventual gravação do presidente, isso é crime", seguiu.

Par Bezerra, uma eventual gravação por parte dos irmãos Miranda seria ilegal. "Um parlamentar leva uma terceira pessoa, e ele, parlamentar, ou essa terceira pessoa, grava o presidente. Isso é crime. Veja os episódios que envolveram o presidente Michel Temer. Veja o que acabou dando. Nada. O presidente Temer foi absolvido daquelas gravações ilegais. E de novo fazer uma tempestade em copo d'água, estamos diante de um crime praticado por um deputado. Ele está insinuando que gravou o presidente. Ele não diz e nem desdiz. Essa é uma brincadeira. Se ele gravou, ele tem que chegar e mostrar o objeto da gravação", insistiu.

No último sábado (26), em entrevista à CNN, Miranda negou que tenha gravado o presidente, mas sugeriu que Luís Ricardo o tenha feito. "Vou sempre dizer que não existe da minha parte. E ninguém perguntou para o meu irmão [na CPI]. Assunto encerrado. Meu irmão não mentiu", disse. "Mas eu não estava sozinho no encontro. Eu, como parlamentar, não iria gravar um presidente".